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Parcelamento salarial continua atingindo servidores estaduais

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Parcelamento salarial continua atingindo servidores estaduais

18031Categoria vem lutando desde o ano passado contra  medida adotada pelo Governo do Estado

Uma ação do  Governo do Estado bastante controvertida, segue gerando protestos. O parcelamento dos salários dos servidores estaduais, que é justificado pelo governo devido à grave crise econômica que o atravessa o  Rio Grande do Sul, vem sendo alvo de questionamento pelos servidores, que dizem que seria importante que o governo tomasse primeiro outras medidas de austeridade e corte de gastos, antes de afetar  a mão de obra pública.

De acordo com o presidente da Fessergs – Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do RS, Sérgio Arnoud, desde 2015 a entidade vem lutando para garantia dos direitos dos servidores. “Desde o ano passado a Fessergs, assim como diversos sindicatos que representam os servidores públicos, ingressou com medidas judiciais para garantir a integralidade do pagamento. Nós obtivemos sucesso, ganho de causa, mas infelizmente o Governo do Estado não cumpre decisão judicial. Então estamos apelando ao Tribunal de Justiça do RS no sentido de que o judiciário tome alguma providência. Porque dessa forma as decisões são indiferentes, ou seja, nós cidadãos cumprimos a lei, mas o Estado parece estar  acima da lei”, afirmou.

De acordo com Arnoud não há diálogo entre a categoria com o atual governo. “ O Governo do Estado adotou uma postura unilateral, onde se comunica apenas via imprensa, ou seja, não há diálogo. Nós só sabemos das informações por aquilo que é veiculado pelos meios de comunicação. É uma situação lamentável, porque nós vinhamos apontando desde o ano passado diversas saídas para o enfrentamento da crise e que passavam desde questionamento da dívida com a União que no nosso entendimento não existe mais. Inclusive o fim das isenções, benefícios fiscais, a cobrança da dívida ativa e o aumento do combate à sonegação. Sem falar no fim das locações de centenas de imóveis e de automóveis que o Estado contrata e paga todo o mês. Então são medidas de austeridade que deveriam anteceder o sacrifício do serviço e servidor público”, opinou.

Nesse mês de março alguns servidores receberam o salário integral, porém quase 40% ainda está recebendo de forma parcelada. “A informação que nós temos é que os demais poderes, Ministério Publico, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça pagaram na integralidade os salários dos servidores. No Estado até o momento somente 60% dos servidores receberam na integralidade, ou seja, aqueles que ganham até R$3.200. Na realidade nós temos quase 40% dos servidores do estado que ainda não tiveram integralizado seu salário, o que esperamos que ocorra entre essa quinta ou sexta-feira”, destacou.

Protestos não estão descartados
Diante a situação, as diversas categorias de servidores públicos vem se unindo contra o parcelamento. Em 2015 foram realizados protestos em frente ao Palácio Piratini em Porto Alegre e para esse ano não estão descartadas novas manifestações. “Estamos trabalhando em conjunto, constituirmos um movimento unificado com os sindicatos das categorias e alguns segmentos estão adotando operações padrão, como os nossos colegas da área da segurança pública, sendo da Susepe, da Polícia Civil. Algumas categorias estão combatendo a sua  maneira, uma vez que o poder judiciário dentro do estado democrático de direito não está sendo respeitado pelo governador”, finalizou.

Um protesto em nível nacional está sendo organizado pelo CPERS, com greve nos dias 15, 16 e 17 de março. Conforme Arnoud a greve do magistério no Estado também terá em sua pauta o protesto contra o parcelamento dos salários.

DIÁRIO DA MANHÃ