As associações de moradores do entorno do presídio central e pessoas residentes na área assinaram documento, dia 27 de setembro, durante o 1º Seminário “A área do presídio é nossa” realizado no auditório da Academia de Polícia Militar de Porto Alegre – APM. O ofício, com assinaturas de representações comunitárias e moradores da região, reivindica que a área do presídio, após a desocupação da casa prisional, seja destinada a educação, esporte, cultura e lazer da população do Grande Partenon – formado por vários bairros menores. O documento foi entregue ao secretário do planejamento, João Mota, que representou o governo estadual.
A prefeitura de Porto Alegre esteve presente ao debate, através do secretário de governança, Capinaré. Estiveram no seminário, também, os conselheiros do orçamento participativo –OP- Lizete Fagundes, e Jussara, o presidente da Associação de Moradores da Vila Claréu e Morada do Sol, Ivo Azeredo, a presidente da Acovismi- Assoc. Comunitária da Vila São Miguel- Silvia Maciel, o presidente da Ascomvica – Assoc. Com. da Vila Campo da Tuca, Antônio Matos. E, ainda, o diretor do Jornal cidade Leste e Jornal Zona Leste.
De acordo com João Mota, “o governo assegurou que nada será decidido sem que seja ouvida a comunidade”. Garantiu que não haverá venda da área a iniciativa privada. Capinaré destacou que a participação ativa da comunidade é que deu início ao debate. “Estamos aqui hoje para construir uma política de estado, não é de governo nem de partido, é uma política da comunidade”.
A grande questão é o que será instalado no local. Esse é o debate em questão, que deve prosseguir com outros encontros promovidos pelos líderes comunitários. Vários sugestões foram ouvidas, espaço para idosos, crianças, escolas, parque e até mesmo, uso de parte do local pela segurança pública.
A participação da comunidade poderia ter sido maior. Esse foi um dos compromissos para a próxima reunião, reunir um número cada vez maior de pessoas na mobilização pelo aproveitamento da área em prol do bem-estar de todos.
Logo no começo da reunião uma importante participação de jovens. Cantado hip-hop, a cantora “Negra Jaque” fez uma bela apresentação e após convocou os jovens a participarem da mobilização. Grafiteiros também criaram um quadro. O objetivo foi destacar que falta espaço e incentivo para os jovens, numa área da cidade que reúne muitas comunidades e poucas opções de esporte, educação, cultura e lazer.
Paulo Rogério N. da Silva
Jornalista ABAMF