ABAMF lidera manifestação de aprovados no concurso da BM

foto1Pouco antes das 10 horas, do dia 20 de janeiro, ecoou na frente do Palácio Piratini a voz forte e uníssona  de 150 dos 2.513 aprovados no concurso de soldado da Brigada Militar(BM) de 2014. Liderados pela ABAMF, os homens e mulheres que esperam a convocação para o curso de formação  mostraram cartazes e faixas, sopraram apitos e soaram sirene, para mostrar que desejam a convocação de todos os aptos para iniciar a preparação para o trabalho na BM. Por volta das 11h 30min, o presidente da ABAMF, Leonel Lucas, o diretor Ricardo Agra e dois representantes do grupo de aprovados, tiveram encontro com o secretário-adjunto da Casa Civil, Janir Branco. Na audiência ficou definido que a secretaria de segurança pública enviará mensagem a representação brigadiana informando de que maneira será realizada a inclusão dos novos policiais e bombeiros militares gaúchos.

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A manifestação ganhou apoio de pedestres e taxistas que estavam próximos a Praça da Matriz. Um cidadão reclamava que já não enxergava brigadianos nas ruas e que fazer manifesto pela convocação era inacreditável. Os carros buzinavam aumentando ainda mais o barulho em frente ao Palácio Piratini. “Queremos nomeação” e  “Mais segurança” foram os slogans que levaram ao governo a reivindicação pela convocação de todos os aprovados.

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Em certo momento, parte dos manifestantes dirigiram-se a Assembleia Legislativa, onde mostraram os cartazes e gritaram frases de ordem pedindo apoio aos deputados, mas não ingressaram no Legislativo, uma vez que o periodo é de recesso parlamentar.

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Parte dos manifestantes viajaram do interior até a capital gaúcha. Flávio, 25 anos, é de Santo Ângelo. Revelou que pediu baixa no Exército para iniciar o curso na BM. “Espero ser convocado e recuperar o meu investimento. Fiz planos de começar 2015 na BM”, disse.  Já Bruna, 26 anos, deslocou-se de Bom Retiro do Sul e estava indignada com o que está ocorrendo; ” Passei um ano desempregada para ficar livre e cumprir todas as etapas do concurso. Além disso, gastei R$ 4 mil com estudos e exames exigidos”, desabafou.

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Alguns pais também acompanharam o movimento; caso de Aldo Segat e Neusa Segat, que deixaram Porto Lucena para reinvindicar a convocação  do filho.

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O encontro com o secretário-adjunto da Casa Civil manteve o quadro de incerteza. Ficou definido que haverá nova manifestação, se o governo insistir em não recompor o efetivo. O presidente da ABAMF resumiu: ” Não vamos abandonar esses brigadianos. Quem está trabalhando também está sofrendo, pois as escalas ficam mais apertadas e poucos PMs nas ruas significa maior perigo no policiamento ostensivo e, também, para a população. É preciso preparar esses soldados o quanto antes. Não dá para economizar na segurança pública”, concluiu.

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Paulo Rogério N. da Silva

Jornalista ABAMF