De acordo com a entidade, valores deixaram de ser reajustados na gestão de Yeda Crusius
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) alertou hoje que, mesmo com os repasses do governo, de R$ 87,6 milhões, para garantir o atendimento pelo Ipe Saúde, ainda há risco de descredenciamento de médicos. Os valores foram pagos na semana passada e, agora, a queixa é de uma defasagem de 50% nas tabelas de consultas e de procedimentos hospitalares, além de exames.
O presidente do Simers, Paulo Argollo Mendes, explicou que, mesmo com os profissionais não oficializando um desligamento em massa do Ipe, alguns não atendem e fazem um comunicando informal da rejeição ao plano aos pacientes. “O Ipe já foi o melhor plano de saúde do Estado, mas infelizmente é difícil admitir que hoje é o pior. Se não evoluir o preço atual das tabelas, 50% menor em comparação a planos privados e não houver uma adesão a novos exames e cirurgias que surgem, a medicina do Ipe vai ficar cada vez mais defasada”, adiantou.
De acordo com o Simers, as tabelas não são reajustadas desde a gestão de Yeda Crusius e já há um percentual de déficit acumulado superior a quatro anos.
Fontes ligadas ao Ipe confirmaram a criação de um grupo de trabalho para estudar um reajuste dos valores, que pode ser concedido ainda este ano. Entretanto, a afirmação é de que vai ser difícil chegar a um equilíbrio junto aos planos privados.