Frustração e deboche são algumas das palavras utilizadas pelos entrevistados
Representantes de trabalhadores da iniciativa privada e do governo gaúcho criticaram a publicação no Diário Oficial do Estado do aumento salarial para o governador, vice, deputados e secretários. Frustração e deboche são algumas das palavras utilizadas pelos entrevistados.
O presidente da Força Sindical no Rio Grande do Sul, Cláudio Janta, destacou que o reajuste irá mobilizar os trabalhadores na luta por 16% de aumento no salário mínimo regional. Após solicitação da Federasul, o Judiciário decidiu conceder liminar que suspende a elevação.
O secretário de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Luiz Henrique Pereira, classificou como deboche o reajuste salarial. Ainda reclamou da queda do reajuste de 16% no mínimo regional dos trabalhadores. Segundo ele, a ação impetrada pela Federasul, tem o dedo do vice-governador José Paulo Cairoli, que presidiu a Federação.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas, classificou como revolta o sentimento dos brigadianos. Segundo ele, o decreto assinado no primeiro dia de trabalho do governador José Ivo Sartori, que corta gastos, provoca insegurança nos policiais.
Um dos vice-presidentes do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol), Rogério Ilhalva, acredita que o salário aprovado para o governador, deputados e secretários é compatível com o cargo. No entanto, se assinou o decreto cortando gastos, pela lógica, não poderia ter aumentado o próprio vencimento.
Já o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud, apontou que a medida gera tristeza. Para Arnoud, o governador está se contradizendo no momento em que corta gastos e reajusta os ganhos.