Anúncio para contenção de gastos chegou a fechar posto dos bombeiros de Canoas
Representantes do Comando Geral da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado estarão reunidos, a partir das 11h desta segunda-feira, para discutir o pagamento de horas extras aos agentes. Com o decreto para contenção de gastos do governador José Ivo Sartori (PMDB), o efetivo está cumprindo carga horária mínima, desde o início do ano. Depois que a unidade dos bombeiros de Canoas chegou a ser fechada, na semana passada, as restrições devem ser voltadas apenas a trabalhos administrativos da segurança pública.
Ao contrário do que advertiu nos últimos dias, por enquanto, o novo comandante dos Bombeiros descarta que mais estações de combate a incêndios fechem as portas. O coronel Evilton Pereira Diaz admite, no entanto, que serviços como vistorias para concessão de PPCI (Planos de Prevenção contra Incêndios) possam ser ainda mais atrasados. “Quando abrimos novamente o posto de Canoas, o Comando nos garantiu o retorno das horas extras. Os fechamentos previstos para esta semana estão descartados neste momento. Se houver restrição na quantidade de horas, poderemos ter contingenciamento do efetivo no setor administrativo”, afirma.
As horas extras na segurança não foram totalmente proibidas pelo governo mas, como ainda não há previsão do orçamento que estará disponível no final do mês, a maioria dos policiais e bombeiros faz escalas básicas. O Comando do Policiamento da Capital também já admitiu que o monitoramento ostensivo de Porto Alegre está prejudicado, desde o dia 1º de janeiro. Até o final do governo Tarso Genro (PT), o CPC contava com 40 mil horas extras ao mês para serem distribuídas entre os batalhões. Já o Corpo de Bombeiros tinha autorização para liberar cerca de 70 mil horas aos agentes. O déficit de efetivo na corporação é estimado em 45%.