Organizadores devem arcar com a maioria dos custos em infraestrutura. Maioria dos 26 desfiles deve passar pelo bairro Cidade Baixa, entre o próximo sábado e o início de março
Os cerca de 650 aprovados excedentes do último concurso da Polícia Civil reativaram a luta para ingressarem definitivamente na corporação. Um grupo apoiado pelos sindicalistas da categoria entrou, hoje, no segundo dia de vigília em frente ao Palácio Piratini, a fim de serem recebidos pelo governo. A queixa é de que as negociações pararam sem que tenha havido avanço. O diretor da Ugeirm, Fabio Castro, alertou que propostas só foram ventiladas, sem confirmação. “A sugestão de formar a metade do grupo, por exemplo, nunca foi concretizada. Mas também não é isso que queremos e nem o governo, já que formar duas turmas espaçadas não resolve a falta de segurança e nem oferece economia para o Estado, que vai ter custo em dobro”, argumentou.
O Piratini já deu aceno positivo em relação aos 2 mil concursados da Brigada Militar que devem ser chamados gradualmente. Raquel Souza sustenta que todos os aprovados detêm curso superior e que grande parte está desempregada, sem ter sustento da família. “Quem vai nos contratar ? Nosso nome é jogado na Internet e aparece aprovação para processo seletivo. Ninguém vai contratar um funcionário sob o ponto de vista de que ele pode abandonar o emprego a qualquer momento”, justificou.
Pelo menos metade do grupo pediu demissão após a confirmação dos nomes dos aprovados no Diário Oficial. O ex-governador, Tarso Genro, havia garantido, no fim da gestão, o chamamento de todo o grupo. Um dos argumentos para serem aproveitados é o quadro de déficit pessoal na Polícia Civil. “Quando estivermos próximos do final da Operação Verão, mais de mil policiais vão se aposentar e esse desiquilíbrio não é suprido pelo ingresso de 700 agentes da última turma. Hoje não temos 60% do efetivo necessário e o déficit vai ser maior. O efetivo de policiais civis é menor que o da década de 80?, alertou Raquel.
A manifestação pacífica deve continuar até que haja uma audiência com representantes do Executivo.