Expectativa é de que milhares percorram trajeto de cerca de cinco quilômetros
O Comando de Policiamento da Capital (CPC) vai acompanhar, com 650 policiais, no domingo, a segunda manifestação, em um mês, contra o governo federal, em Porto Alegre. Os manifestantes se reúnem, a partir das 15h, no Parcão, e devem caminhar pela av. Goethe, rua Mariante, av. Protásio Alves, av.Osvaldo Aranha, rua Sarmento Leite, av. Independência e rua Mostardeiro, retornando para o Parcão.
No primeiro protesto, em 15 de março, a BM percorreu os 4,8 km de trajeto e estimou em 100 mil o número de manifestantes, parte deles defendendo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O comandante do CPC, tenente-coronel Mario Ikeda, vai coordenar o trabalho.
Com o slogan “sem bolivarianismo nem militarismo”, os organizadores do Movimento Brasil Livre (MBL) rechaçaram, durante a semana, o título de manifestação golpista. O empresário Rafael Bandeira, que representa o grupo na Capital gaúcha, garante que o pedido por intervenção militar é levantado por poucos manifestantes, infiltrados, que segundo ele denigrem o objetivo democrático da ação.
O empresário ainda ressaltou, em entrevista à Rádio Guaíba, nessa quinta, que a manifestação tenha vínculo partidário. Para embasar juridicamente o pedido de impeachment de Dilma, o MBL cita um parecer elaborado pelo jurista Ives Gandra da Silva Martins. O advogado, de 79 anos, defende que a presidente pode ser culpada por omissão, imperícia e negligência em relação a crimes de corrupção na Petrobras.
No Facebook, o evento em Porto Alegre soma 27 mil confirmações, até a tarde de hoje.
Em um evento intitulado Coxinhaço na Cidade Baixa, 3,7 mil já confirmaram presença, na mesma rede social. A reunião ocorre, a partir das 12h de domingo, na esquina entre as ruas Lima e Silva e da República e busca reforçar a campanha contra o preconceito e a intolerância, disseminados, segundo o grupo, pelos “coxinhas de plantão”. Em princípio, não há previsão de que as duas frentes se encontrem.