Policiais civis podem entrar em greve se governo gaúcho atrasar parcelas de reajuste

pc4‘Se ele (Sartori) não respeitar (a lei), nós também não vamos’, adiantou o presidente do Ugeirm Sindicato

Um dia após a paralisação da categoria, o presidente da Ugeirm Sindicato alertou que os policiais civis vão entrar em greve se for confirmada a intenção do governo de adiar as parcelas do reajuste salarial concedido pelo governo anterior. Isaac Ortiz revela que os comentários do Palácio Piratini são cada vez mais frequentes e dão conta de um protelamento em função do impacto financeiro de R$ 4 bilhões, até 2018, com os reajustes. “Primeiro torcemos para que o governador cumpra a Lei e ele foi eleito para respeitar a legislação. Se ele não cumprir a Lei, afirmamos com tranquilidade que iremos entrar em greve”, declarou.

Mesmo com a legislação considerando ilegais greves na área da Segurança Pública os sindicalistas rebatem contra argumentando: “Também não é ilegal descumprir uma Lei, o governador (José Ivo Sartori) não está querendo cumprir uma Lei, qual é a ilegalidade maior ? Esse é o x da questão, o governador quer descumprir uma Lei, nós queremos que se cumpra e se ele não respeitar, nós também não vamos”, adiantou.

Já o Sinpol decidiu, em assembleia na tarde de hoje, que a categoria vai cobrar de Sartori as promoções pendentes. A confirmação é da presidente da entidade, Ilorita Cansan, que coordenou o encontro. O pedido é para que a Chefia de Polícia faça o intermédio do pleito junto a outros órgão do Estado, como o gabinete do governador e a Secretaria da Segurança Pública. A data de 29 de maio foi estabelecida como prazo pra que o governo garanta as vantagens de carreira dos trabalhadores. Não há uma previsão da quantidade de promoções, já que elas dependem do número de servidores que se aposenta.

Outro encaminhamento envolve um comunicado oficial ao Palácio Piratini informando que o sindicato garantiu, na Justiça, o pagamento em dia dos salários.

Os servidores da Segurança Pública também vão alertar Sartori sobre o direito às parcelas de aumento referentes aos meses de maio e novembro deste ano. Uma das justificativas para manter o benefício é a de que os delegados já garantiram a cota de reajuste em janeiro, período da data base da classe.

A expectativa é de que o governo envie, nos próximos dias, um pacote de medidas amargas para ser aprovado na Assembleia Legislativa com o objetivo de estabelecer novos mecanismos para combater a crise financeira do Rio Grande do Sul.

Fonte:Voltaire Porto / Rádio Guaíba