Impacto estimado com a quinta parcela do aumento para a Segurança Pública chega a R$ 250 milhões na folha do funcionalismo
A declaração do secretário da Fazenda, Giovani Feltes – de que a preocupação em fechar as contas de maio é ainda maior em função dos reajustes que o governo anterior prometeu para a Segurança Pública -, gerou indignação na categoria. Feltes disse, nessa manhã, que o pagamento da folha permanece em risco, já que o aumento é visto como um agravante da crise e que o impacto da quinta parcela do aumento salarial na folha gira em torno de R$ 250 milhões. O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, não esconde o temor em relação às manifestações. “Nós ficamos preocupados e indignados, já que essa foi uma grande conquista no governo passado e não vamos perdê-lá. Desde 2013, as parcelas vem sendo cumpridas e os delegados já receberam”, lembrou.
A categoria sustenta que o governador não pode mudar a Lei, que estabelece um calendário de pagamento até 2018. O receio é em relação a um suposto pacote em fase de elaboração pelo Palácio Piratini, alterando as datas do reajuste. “Não se pode mudar uma Lei, ela está em vigor e vem sendo cumprida. O governador sabe que qualquer alteração, nesse caso, é inconstitucional”, alertou.
Os policiais já agendaram uma manifestação para a próxima terça-feira e a promessa é de paralisação geral. Os protestos devem ganhar mais vigor diante do comentário do secretário da Fazenda que colocou em dúvida o aumento da categoria.
Feltes explicou que reajustes anuais da Segurança devem impactar em R$ 4 bilhões os cofres públicos até 2018, valor aprovado no governo de Tarso Genro. O secretário afirmou, ainda, que agora não há dinheiro suficiente para arcar com a parcela do reajuste. A possibilidade de um adiamento, porém, ainda não é confirmada.