Segurança pública tem 200 servidores paralisados na Região Central nesta terça-feira

Servidores se mobilizam nesta terça-feira (28) em protesto ao governo Foto: Susepe  / Divulgação
Servidores se mobilizam nesta terça-feira (28) em protesto ao governo
Foto: Susepe / Divulgação

Polícia civil e Susepe fazem paralisação em todo o Estado em protesto ao governo

Servidores da Polícia Civil e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) paralisaram as atividades nesta terça-feira (28) em protesto contra o governo. No Estado, são cerca de 5 mil. Na Região Central, cerca de 200. Eles estão mobilizados desde às 8h e seguem até as 18h.

Escrivães, inspetores, investigadores e comissários estão mobilizados. Delegados permanecem trabalhando, mas apoiam a paralisação. Depoimentos marcados em cartórios, operações policiais no período do ato e registro de ocorrências sem gravidade (como perda de documentos) estão cancelados. Os casos de flagrantes (como homicídios, latrocínios e assaltos) serão atendidos normalmente nas delegacias.

Na Susepe, serão mantidos os serviços de alimentação aos presos, transferência para júris, atendimento médico de urgência e cumprimento de alvarás de soltura. Movimentação de apenados para audiências, transferência de detentos de casas prisionais e atendimento externo serão impactados.

De acordo com Pablo Mesquita, representante do sindicato dos policiais na região, a categoria pede a contratação dos 650 agentes aprovados em concurso, aumento salarial que estava previsto para ocorrer no último dia 21 (mas foi vetado pelo governo) e protestam contra o corte de horas extras.

Colaboradores da Susepe reivindicam a recomposição do efetivo por meio da incorporação dos 400 técnicos penitenciários também já aprovados.

Pelo menos 150 agentes da Polícia Civil paralisam atividades na Serra

Agentes atendem apenas flagrantes e casos grave

Os policiais civis estão concentrados nas delegacias de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Vacaria, Gramado e Canela. Eles reivindicam, principalmente, reajuste dos salários da categoria conforme a tabela prevista até 2018. O movimento ocorre após o Estado ameaçar atrasar o repasse, que já é parcelado.

O impacto do reajuste é estimado em R$ 4 bilhões somente no período do governo de José Ivo Sartori. Por causa da paralisação, os agentes atendem apenas a flagrantes e casos graves, como homicídios, estupros, violência doméstica e ocorrências envolvendo crianças e adolescentes. A manifestação segue até as 18h.

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