Familiares, amigos e colegas compareceram ao velório e à cerimônia de despedida
O sargento do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Milton de Pádua Martins, e o filho Ismael, de 20 anos, executados em uma emboscada nessa sexta-feira, foram sepultados com honras na manhã de hoje no Cemitério Parque São Jerônimo, em Alvorada, região Metropolitana de Porto Alegre. Familiares, amigos e colegas do sargento compareceram ao velório e à cerimônia de sepultamento.
Muito emocionada, a família não quis falar sobre o crime. O sargento Marcílio Gusmão foi colega de Pádua no POE nos últimos 15 anos. “Ele era um homem muito bem quisto. Foi uma morte estúpida e repentina.” O comandante do 9º BPM, tenente-coronel Francisco Vieira, falou que a morte do sargento representa uma perda para a sociedade gaúcha. “Ele era proativo e um exemplo para os demais”, disse. Segundo Vieira, Ismael havia sido detido por roubo em 2010, mas já havia cumprido pena na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase). O jovem havia passado a trabalhar em uma igreja.
O sargento José Henrique Saraiva, um dos mais antigos do 9º BPM, disse que Pádua é o segundo colega que ele perde em 29 anos no POE. Ele deixou próximo ao caixão o capacete e o escudo do colega. O assassinato ocorreu em frente à casa do policial. Os dois haviam ido visitar a neta do sargento, que nasceu há uma semana.