Piratini projeta reajuste abaixo da inflação para servidores em 2016

17317903‘Em nenhum momento descartamos o parcelamento’, afirmou ainda o secretário Biolchi sobre o pagamento dos salários de maio

A previsão de reajuste nos salários do funcionalismo gaúcho para o próximo ano não passa de 3%. O índice, menor que a metade das perspectivas do mercado financeiro para a inflação, hoje entre 8% e 9%, deve constar presente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser enviada até esta sexta-feira à Assembleia Legislativa gaúcha.

A informação foi revelada na tarde desta quarta-feira pelo secretário-chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi (PMDB). O percentual de 3% representa somente o crescimento vegetativo da folha de pagamento, ou seja, a previsão de gastos com aumentos já concedidos anteriormente.

“Nós estamos reconhecendo que há uma reposição de 3% em relação aos vencimentos. Isto dentro de um esforço que o Estado vem passando, da sua dificuldade financeira. Além disso é temerário afirmar porque nós poderíamos agravar ainda mais, considerando ainda que esta parcela da área de segurança do mês de maio é a primeira de oito. Então nós temos por muitos anos um compromisso de incremento de folha considerável. Mas nós temos até o dia 15 para que possamos fazer essa articulação com a Assembleia e outras instituições que têm orçamento próprio para que possamos fechar nesses percentuais”, afirmou Biochi. A LDO precisa ser votada pelo Legislativo gaúcho e sancionada pelo governador até o dia 15 de junho.

A garantia de pagamento em dia dos salários de maio dos servidores também não foi sentenciada por Biolchi. Segundo ele, somente com a segunda parcela de ingresso do ICMS, que entra nos cofres dia 20, pode haver alguma projeção. “Em nenhum momento nós descartamos o parcelamento. Nós podemos descartar o parcelamento mês a mês quando tivermos isso garantido”, afirmou o secretário.

As afirmações ocorreram após encontro de Biolchi com representantes dos hospitais filantrópicos e Santas Casas. O grupo foi recebido após um protesto em frente ao Piratini cobrando repasses atrasados e criticando os cortes para o setor.

Fonte:Gabriel Jacobsen/Rádio Guaíba