Até mesmo casos de ex-governadores podem ser verificados, caso a Corte acate o pedido
O Ministério Público de Contas (MPC) quer uma fiscalização para apurar a existência de servidores públicos recebendo acima do teto constitucional, que é de R$ 33,763. O procurador-geral do órgão, Geraldo Da Camino, encaminhou, hoje, representação ao Tribunal de Contas do Estado solicitando um pente-fino. A averiguação precisa, agora, ser aprovada pelos conselheiros da Corte. Para otimizar uma eventual inspeção, Da Camino sugeriu que a análise se restrinja à administração estadual e, em um segundo momento, se estenda para a esfera municipal.
Reportagem da Rádio Guaíba veiculada no mês passado denunciou, por exemplo, que o procurador-geral da Câmara Municipal, Claudio Roberto Velasquez, recebe salário acima do teto permitido. Na folha de maio, o valor bruto somou R$ 38, 472 mil. Os dados foram extraídos do Portal da Transparência.
Segundo o procurador do MPC, todos os altos salários – e as respectivas origens – devem ser justificados e até mesmo casos de ex-governadores, que recebem aposentadoria no valor do teto, podem se verificados, caso a Corte acate o pedido.