“Não conseguimos atender a todas as demandas”, diz comandante da BM após linchamento

Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS
Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS

Falta de efetivo é o principal gargalo da corporação, conforme o coronel Alfeu Freitas Moreira, em entrevista para o programa Gaúcha Atualidade

Após o linchamento de um homem na noite de domingo em Viamão, na Região Metropolitana, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira, admitiu que o crescimento do efetivo não acompanha o aumento da criminalidade no Rio Grande do Sul. O desequilíbrio na equação faz com que crimes como o espancamento até a morte de Valdir Gabriele, 40 anos, não sejam evitados.

— Não conseguimos atender a todas demandas. O nosso problema é que a criminalidade aumenta e não temos como estar presentes em todos os eventos —explicou Moreira em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira, no programa Gaúcha Atualidade.

O comandante-geral admitiu que a falta de efetivo é o principal gargalo da BM atualmente, mas disse que a corporação está “conversando com comunidades e associações de bairros para melhorar o policiamento ostensivo”.

— Prendemos cerca de 380 pessoas por dia no Rio Grande do Sul — afirmou Moreira.

Outro problema é que, neste semestre, cerca de mil policiais encaminharam pedidos de aposentadoria, o que vai aumentar a carência de servidores.

Sobre o linchamento em Viamão, o comandante-geral disse que a população tem apenas o direito de deter suspeitos de crimes até que a polícia chegue, e não há justificativa legal para o homicídio. Ou seja: os responsáveis tem de responder criminalmente pelo fato.

— Só o ato de comemorar linchamento já passou do limite.

Ouça abaixo a entrevista completa:

Já na Capital, um taxista reagiu a assalto na região dos “inferninhos” e atingiu com facadas um ladrão. No bairro Nonai, um comerciante conseguiu desarmar o criminoso, que acabou baleado no pescoço.

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