Policiamento mais “visível” é meta da BM

Foto: Divulgação / BM
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Por meio de estudos, novo comando pretende otimizar o policiamento ostensivo usando os recursos disponíveis, tais como o Pelotão Hipo, Bike Patrulha e motos, considerando a deficiência de efetivo e viaturas

Na última semana, a população de Passo Fundo voltou a ver pelas ruas da cidade o patrulhamento a cavalo realizado pela Brigada Militar. Conforme o comandante do 3º RPMon, Ten. Cel. André Idalmir Savian Juliani, a ação faz parte de uma estratégia que tem por objetivo deixar a atuação da Brigada Militar mais presente nas ruas e, consequentemente, mais visível para a comunidade. “Vamos trabalhar com inteligência e estudos usando os recursos que temos. O pelotão hipo é uma ferramenta que vai nos ajudar neste objetivo, assim como o efetivo de motos, a Bike Patrulha e também as viaturas. Vamos tentar melhorar o uso de todos estes instrumentos e, assim, buscar estar mais presentes em bairros, praças, enfim, com mais intensidade nos locais e em horários em que há mais necessidade, onde a população possa sentir que a BM está atuando”, esclarece Juliani.

O comandante, que assumiu o 3º RPMon no início deste mês, reconhece que a Brigada Militar, junto com o BOE, tem feito o seu papel, mas, destaca que uma forma de patrulhamento que deixe os policiais em evidência, nas ruas, transmite uma maior sensação de segurança para a população. “Em conversa com oficiais e policiais militares, sentimos que essa forma de atuação tem, inclusive, um papel preventivo”, defende Juliani, que acrescenta: “As barreiras, em que os policiais entram em um micro-ônibus e param em determinado ponto têm bons resultados, mas, com o uso de redes sociais, precisamos lembrar que os criminosos se comunicam, o que reduz o tempo de efetividade desta forma de atuação”.

Porém, ele lembra que a estratégia só é possível a partir de planejamento e uso de estatísticas frente a falta de recursos e efetivo. “O número de viaturas devia ser três vezes maior para atender a cidade de Passo Fundo. Como não dispomos disso, precisamos utilizar com inteligência os recursos que temos”, reforça Juliani. Ainda, segundo o comandante, o batalhão hipo não havia parado de atuar, porém, devido a falta de efetivo, com a necessidade de policiais na segurança do Presídio Regional e do Case, por exemplo, não vinha sendo possível realizar tal patrulhamento.

Juliani faz questão de salientar também os positivos resultados dos Núcleos de Policiamento Comunitário, que têm um papel de aproximação com a comunidade e também a eficiência dos recursos tecnológicos. “A partir de uma parceria com a prefeitura, todas as viaturas do policiamento ostensivo passaram a ter GPS, o que otimiza o trabalho. Algumas também passaram a contar com tablets. Tudo isso é muito positivo”, explica o comandante. Ele antecipa ainda que, junto com a Secretaria de Segurança Pública do município, a BM deve rever o monitoramento por câmeras para que o funcionamento e o uso dos equipamentos seja mais efetivo em prol da segurança dos cidadãos.

Comunidade precisa fazer sua parte
Para o novo comandante é fundamental que as pessoas tenham cuidados e invistam em segurança. “Há custos, mas não é mais cabível uma empresa, um comércio, que tenha uma fachada de vidro, por exemplo, sem um alarme, sem uma câmera. A mesma coisa, com a devida proporção, cabe para residências, as pessoas precisam ter cuidados”, defende. Juliani reforça ainda a importância das denúncias. “Nós queremos orientar a comunidade, estar presentes, e precisamos que as pessoas de bem denunciem, por meio do 190, quando sabem de algum crime ou da localização de algum criminoso porque isso também é seu papel de cidadão”, completa.

DIÁRIO DA MANHÃ