Exceção deve virar regra a partir de agora, pelo menos até o fim do ano, admite a Secretaria da Fazenda
Quase dez mil servidores do Executivo que solicitaram férias terão os depósitos, previstos para hoje, protelados para o fim do mês. O atraso é mais uma estratégia adotada pelo governo na tentativa de vencer a crise. A medida, decidida na noite de segunda-feira, decorre da necessidade de cumprimento de liminares judiciais ordenando o pagamento de salários em dia, além da atualização dos repasses para a Saúde. Hoje, o secretário da Saúde, João Gabardo, liberou R$ 40 milhões para quitar atrasos.
Em média, o custo dos cofres públicos com as férias do funcionalismo é de R$ 5 milhões. Esse valor, porém, sobe para R$ 9 milhões, no período de julho, devido ao descanso escolar.
A alternativa de pagar as férias junto com os salários dos servidores, no último dia do mês, vai virar regra. De acordo com a Secretaria da Fazenda, para quem tirar férias, os depósitos serão depositados ao mesmo tempo dos salários, pelo menos, até o fim do ano. A ação não é vista como inconstitucional pelo governo.