Patrulhamento intermunicipal foi adotado no início da semana.
Medida é em função da falta de policiais e corte de horas extras, diz BM.
Sete municípios da Região Central do Rio Grande do Sul estão compartilhando o efetivo da Brigada Militar desde o início da semana. A medida foi adotada por causa da falta de policiais e do corte das horas extras, como mostra a reportagem do RBS Notícias.
O posto da Brigada Militar de Mata só fica aberto durante a tarde, de segunda a sexta-feira. Fora desse horário, não adianta ligar para o 190, porque não tem ninguém para atender. O número para chamadas que está na porta do posto é o da Brigada Militar de São Vicente do Sul, que fica a 30 quilômetros do município.
O efeito se divide para o atendimento de ocorrências e o patrulhamento entre os dois municípios. Segundo a Brigada Militar, a medida foi tomada para compensar o déficit no efetivo, que é de 30% nos 29 municípios da região, que conta com 1,1 mil policiais.
A população não gostou da mudança. “Para o chamado, vai demorar muito tempo. Então, melhor que a Brigada estivesse aqui para poder chegar mais rápido quando a gente precisa”, diz a costureira Letiani Antonini.
O comandante regional da Brigada Militar, Worney Mendonça, diz que o efetivo das duas cidades só consegue cobrir todos os turnos se um policial trabalhar sozinho. Com as duas patrulhas, é possível trabalhar com pelo menos dois policiais.
“A redução de horas extras e a falta de efetivo que nos levou a adotar essa alternativa. Eu tenho que dar uma garantia de segurança para esses policiais e uma condição mínima de dinâmica e segurança para que eles possam atuar”, afirma o comandante.
Na terça-feira (21), representantes da prefeitura, das agencias bancárias e comerciantes vão ser reunir para tentar reverter a situação.
“A população já se propôs a fazer abaixo-assinado e protestos ou até uma ação junto ao Ministério Público para resguardar seus direitos previstos na Constituição”, diz o secretário de administração, João Batista Misievicz.
Ao contrario de Mata, São Vicente do Sul tem posto 24 horas da Brigada Militar. Mas quando a patrulha está na cidade vizinha, os policiais precisam sair da sede para atender alguma ocorrência.
A situação também preocupa os moradores do município. “Deveria ter um efetivo melhor em cada município, seria essencial para a segurança. Então seria mais importante ter aqui, ao invés de fazer rodízio”, lamenta o professor Laurício Bighelini da Silveira.
G1