Em decisão tomada na tarde desta terça-feira, 18 de agosto, durante assembleia da categoria, os brigadianos votaram por realizar a Operação Padrão, a partir do início da manhã de quarta-feira, 19 de agosto, até a sexta-feira, 21 de agosto. “Esta será, na verdade, a Operação Dignidade para os brigadianos e todos os itens devem ser fiscalizados com o rigor que a lei exige”, alertou o presidente da ABAMF, Leonel Lucas. Além disso, caso o governo insista nos projetos que atacam os direitos dos servidores públicos e não garanto o pagamento integral dos salários, dia 31 de agosto acontecerá a “Operação Fecha Quartel”, que impedirá a saída de viaturas e militares das unidades. Houve rejeição unânime aos projetos enviados pelo governo gaúcho à Assembleia Legislativa do RS.
A assembleia da Familía Brigadiana foi o primeiro ato da assembleia unificada dos servidores públicos do RS, que reuniu cerca de 60 mil pessoas no centro da Capital Gaúcha. Ficou decidido que todas as categorias do serviço público estadual ficarão paralisadas por três dias, a partir de 19 de agosto. A reunião aconteceu no Largo Glênio Peres, às 14h 30min. Várias lideranças falaram para uma massa de gente que ocupou desde a Rua Siqueira Campos, Borges de Medeiros, até a Avenida Salgado Filho. Bandeira, apitos, cartazes e faixas chamavam a atenção. Muito barulho nas ruas com cinco trios elétricos e disparos de foguetes. Nas palavras dos dirigentes sindicais, Não para mudanças na previdência(Ipê); Não para o reajuste zero até 2019, Não para a extinção da Fundação Zoobotânica e a exigência da contratação de mais servidores.
O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, afirmou que os servidores devem fazer forte pressão para lograr êxito na luta. “Os deputados precisam ser pressionados, o governo precisa ser pressionado. Vamos dar a resposta que esse governo merece. A partir de amanhã três dias de greve”.
Flávio Berneira, presidente da AMAPERGS, destacou: “Este não é um movimento de servidores públicos. É um movimento da sociedade gaúcha. Greve a partir de amanhã por três dias”.
O presidente da ASTBM, Aparício Santellano ressaltou; “É crime fazer greve, mas a BM fará a Operação Dignidade(padrão), a partir de quarta-feira, e dia 31 de agosto, se o governo não mudar os planos vamos fechar os quartéis”.
Após falas de dirigentes coube ao presidente da ABAMF indicar o caminho que seria percorrido pelos servidores:”Chega de discursos, vamos tomar a Assembleia Legislativa”. A caminhada prosseguiu a chegada ao Legislativo Estadual foi tumultuada. O acesso de entrada no nível superior foi bloqueado. Alguns integrantes do movimento liberaram a passagem e a BM interviu. Após diálogo com o comandante do 9º BPM e contatos com parlamentares foi liberado o espaço e permitida a entrada das pessoas no Plenário. Isso após batidas nas portas de vidro e alguns momentos de tensão.
Já dentro da Assembleia, os servidores assistiram alguns discursos, de deputados da oposição, em defesa da luta, mas presenciaram a aprovação do projeto 106/15, encaminhado pelo governo, solicitando permissão para a contratação de funcionários sem concurso público para trabalhar na Metroplan. Começaram os gritos de vergonha,vergonha,vergonha. Os deputados da base governistas deixaram o Plenário e os servidores aos poucos foram deixando a chamada “casa do povo”.
Paulo Rogério N. da Silva
Jornalista ABAMF