Governo pede novamente compreensão: “Situação pode piorar”

Chefe da Casa Civil não garantiu pagamento integral dos salários nos próximos meses em reunião com servidores Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Chefe da Casa Civil não garantiu pagamento integral dos salários nos próximos meses em reunião com servidores
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, reconhece protesto de servidores, mas afirma não ter como pagar salários integrais

Novamente interlocutor do governo do Estado com os servidores públicos, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, não garantiu o pagamento integral dos salários do funcionalismo nos próximos meses. Ele pediu, outra vez, a compreensão dos trabalhadores, e aposta no aperto do ajuste fiscal, com apoio da Assembleia, para equilibrar as contas públicas. O secretário reconheceu a importância da manifestação desta segunda-feira, mas disse que uma greve geral no dia 18 poderia “agravar a situação”:

— O governo está em mora com o servidor e ele não é o culpado pela crise. Radicalizar um problema como o que estamos enfrentando é prejudicial. O atraso de folha não é estratégia. Infelizmente, é fato. Já sabíamos que no ano de 2015 o governo não passaria incólume.

Um novo conjunto de medidas para o ajuste fiscal deve ser apresentado nessa semana na Assembleia para amenizar a crise. Privatizações e aumento de impostos são alternativas estudadas pelo Executivo. Biolchi defende que o governo se desdobre para achar soluções e pede que não personalizem o atraso nos salários com José Ivo Sartori.

— Se nós nos fragmentarmos e fulanizarmos no governador, num secretário ou num projeto, a situação pode se agravar ainda mais — disse.

O encontro não foi bem recebido pelas lideranças sindicais. O presidente do Sincato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), Flávio Berneira, fala em mobilização histórica no dia 18 de agosto.

— Foi violado o direito mais sagrado do servidor público: alimentar sua família. Esse Estado vai viver dias sombrios, de apagão geral. Permanecendo essa situação, teremos uma greve histórica, sem precedentes, no Rio Grande do Sul — acredita Berneira.

* Zero Hora