PMs atendem ocorrências a pé por falta de viaturas em Caçapava do Sul

Santa Maria também enfrenta problema com viaturas que não podem circular Foto: Jean Pimentel  / Agencia RBS
Santa Maria também enfrenta problema com viaturas que não podem circular
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS

Levantamento da Rádio Gaúcha em 38 cidades da Região Central aponta situação de viaturas e efetivos

Levantamento da Rádio Gaúcha em 38 cidades da Região Central aponta que as Bridadas Militares (BM) de 13 cidades têm viaturas fora de operação por problemas mecânicos, elétricos ou de documentação. 15 trabalham com efetivo incompleto contra três que estão com equipes completas – sete cidades não informaram a situação com as viaturas, 12 dos efetivos e sete não atenderam à reportagem.

O caso crítico se encontra em Caçapava do Sul, onde além de ter problemas com o efetivo, há cerca de duas semanas os policiais atendem às ocorrências a pé de acordo com o Tenente Cláudio Salau.

“É público em todo o Estado a dificuldade na questão de viaturas, seja na questão de documento ou mecânica, e em Caçapava do Sul não é diferente”. explica. “O nosso problema é principalmente com documentação, mas a gente segue com o policiamento com o nosso chamado processo a pé”, afirma.

A previsão é que uma viatura saia da oficina entre esta quinta-feira (20) e sexta-feira (21).

Santa Maria
Em Santa Maria, de acordo com o Comando Regional da BM, mais três viaturas voltaram a operar nas ruas de Santa Maria. Durante a paralisação dos servidores, quatro tinham  condições de trânsito e 15 estavam paradas por problemas mecânicos, elétricos ou de documentação. Com isso, sete viaturas ostensivas estão trabalhando normalmente. Outras três devem entrar em operação nos próximos dias.

Não foram repassadas informações quanto ao quadro do efetivo.

Déficit nos efetivos
Além da questão das viaturas, 15 cidades atuam com efetivo incompleto contra três que estão com suas equipes completas. A BM atua na Região Central com déficit médio de 30%, ou seja, dos 1,7 mil policiais que deveriam atuar nos municípios, cerca de 1.190 trabalham na segurança – faltam 510. A falta se dá em função dos cortes feitos pelo Governo do Estado. A variação do percentual entre os municípios varia de 10% a 50%.

Patrulhamento Interminicipal (Patrim)
Municípios como Dona FranciscaIvorá e Mata enfrentam problema tanto com viaturas quanto com seus efetivos. Por essa razão, prestam apoio para elas as cidades de Agudo (que conta com déficit no efetivo, mas trabalha com todas as viaturas) e Faxinal do Soturno (que não informou quaisquer situações) no chamado Patrulhamento Intermunicipal (Patrim).

Na madrugada e manhã desta quinta, Faxinal do Soturno atuava junto com Ivorá, Nova Palma e São João do Polêsine com barreiras para coibir crimes, principalmente no monitoramento de agências bancárias, já que houve ataques na Região Central.

Polêsine, junto com Nova Esperança do Sul e Mata, recebem apoio também de Faxinal do Soturno, Jaguari São Vicente do Sul. O motivo é a falta de efetivo para dar conta de forma eficiente do policiamento ostensivo e de viaturas com condições de tráfego.

Balanço
Das 38 cidades consultadas, sete não informaram a situação com as viaturas, 12 dos efetivos e sete não atenderam à reportagem.

GAÚCHA