Batalhões são bloqueados em Porto Alegre devido a protesto de policiais

PMs ficam aquartelados em batalhões de Porto Alegre. Foto: Abamf / Divulgação / CP
PMs ficam aquartelados em batalhões de Porto Alegre. Foto: Abamf / Divulgação / CP

Familiares de PMs impedem a saída de viaturas do 9° BPM, 21 °BPM, 19°BPM, 1° BOE 4°RPB e da Academia de Polícia

Depois de protestos na BR-116 durante a madrugada, a terça-feira começou com Batalhões da Polícia Militar bloqueados em Porto Alegre, conforme havia sido antecipado nos últimos dias pelo anúncio de aquartelamento divulgado por entidades que representam brigadianos. Familiares de PMs impedem a saída de viaturas do 9° BPM, 21° BPM, 19° BPM, 1° BOE, 4° RPMon e da Academia de Polícia, na avenida Aparício Borges, na zona Sul da Capital. Acionar policiais alunos da Academia foi uma das estratégias usadas pelo Comando da Brigada Militar na paralisação do último dia 3 de agosto, quando o policiamento ordinário também ficou desguarnecido em razão das manifestações contra o parcelamento de salários pelo governo.

O presidente da Associação de servidores de nível médio da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas, anuncia que a ideia é impedir a saída para o policiamento durante todo o dia e repetir os bloqueios até a quinta-feira. Para evitar que os PMs sejam demitidos por insubordinação, são esposas e familiares quem protagonizam as manifestações. “A intenção é não deixar ninguém sair pelos quarteis, até para ajudar nossos colegas que estão lá dentro e estão vivendo esse problema da hierarquia e da disciplina. Então as esposas estão fazendo isso (os bloqueios). (…) Infelizmente, o pânico também está nas nossas famílias sem dinheiro”, justifica.

Em carta divulgada à população gaúcha ontem, os representantes sindicais informaram que, até a próxima quinta-feira, os policiais só deixarão quarteis para atender ocorrências de crimes contra a vida. Os policiais orientaram a população a “se proteger como puder face à ausência de policiamento nas ruas”. Já o Comando da corporação garantiu ter plano definido para reagir ao aquartelamento, mas não informou detalhes. Em nota, o comandante-geral Alfeu Freitas Moreira pediu bom senso aos brigadianos e que a sociedade consiga “manter o sentimento de que pode contar com a Brigada Militar para protegê-la”.

Fonte:Bibiana Borba/Rádio Guaíba