Brigadianos fazem novos protestos, mas sem bloquear batalhões no RS

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IMAGEM ILUSTRATIVA
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PMs fazem pressão para que governo derrube projetos em análise na Assembleia

No primeiro dia de retomada da paralisação na Segurança Pública, não há registros de batalhões da Brigada Militar bloqueados por policiais ou familiares no Rio Grande do Sul. Apesar de protestos em frente a alguns quarteis da região Metropolitana e interior do Estado, as equipes não sofrem impedimentos ao sair para o policiamento ordinário nesta terça-feira. A entidade que representa os brigadianos de nível médio (Abamf) anunciou que está reorganizando possíveis aquartelamentos, que não serão divulgados previamente por questão estratégica.

Ao menos até o final do dia, não há previsão de novos bloqueios, já que os representantes estão concentrados na Praça da Matriz, tentando pressionar o governo a derrubar projetos que limitem ainda mais os investimentos no serviço público. ”Estrategicamente, não vamos divulgar. Estamos fazendo isso para que se possa tomar de surpresa o Comando da BM e o governo. Acredito que o governador Sartori possa resolver isso aí pagando integralmente e retirando os projetos da Assembleia Legislativa”, explica o presidente da Abamf, Leonel Lucas.

O líder sindical de cabos e soldados da BM também manifesta contrariedade à sugestão de que a Força Nacional de Segurança seja acionada para diminuir a insegurança na Capital. Ao contrário do que defendeu o prefeito José Fortunati nessa manhã, Leonel Lucas entende que o governo do Estado é o único responsável, e detém capacidade para solucionar o problema.

“Eu acho que o prefeito Fortunati perde a oportunidade de ficar quieto. Na realidade, ele tem que cuidar é da segurança das praças onde não tem e é o dever dele fazer com a Guarda Municipal”, disse.

Integrantes de várias categorias do funcionalismo montaram um acampamento em frente à sede do governo, nessa manhã. Além de protestar contra o parcelamento dos salários, a intenção é pressionar parlamentares a votarem contra os projetos encaminhados pelo Executivo. Os servidores da Segurança e os professores já confirmaram que permanecem mobilizados ao menos até sexta-feira, quando o Executivo planeja pagar a segunda parcela das remunerações, de R$ 800.

Fonte:Bibiana Borba/Rádio Guaíba