Comandante dos bombeiros de Lajeado discute com manifestantes que bloqueavam quartel no RS

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BOMJDo G1 RS

Bombeiro discute com manifestantes que bloqueavam quartel no RS

Discussão e troca de empurrões marcaram protesto em Lajeado.
Servidores da saúde e segurança protestavam contra parcelamento.

Uma confusão marcou o protesto de funcionários públicos estaduais nesta quinta-feira (3) emLajeado, no Vale do Taquari. Irritado com o bloqueio feito em frente a um quartel do Corpo de Bombeiros, o comandante da corporação discutiu e trocou empurrões com servidores.

A entrada do quartel foi bloqueada por servidores da área da saúde, da Polícia Civil e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Os caminhões dos bombeiros seriam autorizados a sair apenas em casos de urgência e emergência.

O comandante dos bombeiros de Lajeado, tenente José Augusto Pohlmann, no entanto, não aceitou a manifestação e arrancou as faixas e cartazes que serviam de barreira na entrada do quartel. Logo em seguida, começou uma discussão e um funcionário da Susepe foi empurrado pelo tenente.

A discussão teve fim quando um dos policiais ameaçou prender o tenente e bombeiros que estavam dentro do prédio saíram para apartar. Logo depois, segundo o Corpo de Bombeiros, o comandante se entendeu com os manifestantes e o protesto seguiu até por volta das 17h.

O protesto dos servidores
Pelo segundo mês consecutivo os salários dos servidores públicos serão parcelados no Rio Grande do Sul, desta vez em quatro vezes. Além dos R$ 600 já depositados na segunda-feira (31), mais R$ 800 serão pagos até o dia 11 de setembro. Já no dia 15 está programado o crédito de R$ 1.400. A parcela complementar para quem ganha acima de R$ 2.800 será creditada até dia 22.

Em resposta, mais de 40 categorias do funcionalismo inciaram uma greve de quatro dias. A mobilização terminaria nesta quinta-feira (3), mas algumas categorias já defindiram que vão ficar paradas por mais tempo.

Os professores estaduais anunciaram que ficaram parados até 11 de setembro. Os policiais civis e agentes penitenciários seguirão em greve até sexta-feira (4). Os demais setores definirão ao longo desta sexta (4) até quando ficarão parados.

A Federação Sindical dos Servidores Públicos no Rio Grande do Sul (Fessergs) estima que 100 mil servidores tenham aderido à paralisação. Professores, policiais civis e militares e agentes penitenciários foram os que mais participaram do movimento até agora.