Em períodos de violência fora de controle no RS é muito comum ouvir frases do tipo: “Por que não liberam armas para o povo?”
Amigos, se isso acontecesse, viveríamos um grande bangue-bangue, semelhante aos filmes de faroeste do Clint Eastwood.
Estamos em um mundo dinâmico e objetivo. Pressa. Trabalho. Casa. Remédios. Sono. Contas. Em meio a isso, somos vítimas da violência urbana. Hoje morre meu amigo. Amanhã seu pai. Todos alvos de assaltantes. E qual a solução para se defender? Andar com uma arma? Não.
Poucas pessoas estão preparadas para utilizar armas. Na lista, entram também muitos agentes de segurança que possuem porte, mas não necessariamente têm preparo.
O fato é que se liberassem as armas para o povo, a briga de trânsito viraria morte. O vizinho mataria o outro, que abusa do som alto, como ocorreu mês passado em Esteio. O marido traído, de “cabeça quente”, mataria a esposa, pois a arma está ali, em cima da geladeira. O funcionário iria discutir com o chefe e, quem sabe, atiraria nele. O chefe, armado, poderia revidar. A bala perdida poderia matar a Maria que estava passando do outro lado para tomar um café. Você vai estar caminhando na rua escura, indo para casa e vai avistar dois “suspeitos” caminhando em sua direção. Vai colocar a mão na cintura para sacar a arma, caso algo aconteça. Vai estar assustado. Essas pessoas te abordam para falar algo e… pum! Você vai atirar. Na verdade, elas queriam saber onde havia uma farmácia.
Sei que criminosos estão cada vez mais violentos. Só que se armar não é solução. Quem tem que usar arma é a polícia. Quem tem que desarmar bandido é polícia. Bandido tem que ter medo de polícia. Quem tem que investir muito mais na polícia é o Estado. Quem tem que punir é a Justiça. Judiciário que atue para o povo. Que não solte criminoso no dia seguinte. Quem tem que construir presídios é governo. Que tal começar a acabar com as facções nas cadeias? Por que nem sinal de celular conseguem cortar nos presídios?
Armas nas mãos do povo não são solução.
Estou pronto para ser fuzilado (nos comentários).
ZERO HORA