Presidente da Assembleia Legislativa pode convocar deputados ainda hoje

Servidores e deputados tiveram que se reunir fora da Assembleia nessa terça-feira | Foto: Samuel Maciel
Servidores e deputados tiveram que se reunir fora da Assembleia nessa terça-feira | Foto: Samuel Maciel

Edson Brum disse que decidirá votações após “sentir o clima”

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), admitiu nessa terça-feira, ao final do dia de tumulto que culminou na suspensão da sessão plenária no Legislativo, que tem a prerrogativa de convocar uma sessão extraordinária e que poderá fazê-lo nesta quarta-feira, “dependendo do clima”. Ele poderá convocar os deputados após o encerramento da sessão solene já marcada, quando então seriam votadas as propostas do governo estadual que estão trancando a pauta do Legislativo.

Brum salientou que ainda não havia definido posição sobre o tema. Outra opção, seria colocar em votação a pauta na quinta-feira, quando ocorre nova sessão ordinária. “Vamos aguardar o dia de amanhã (hoje). Na verdade não precisa de acordo de líderes. Se eu quiser, por vontade do presidente, posso convocar. Mas não vou fazer. Só faria após conversar com os líderes de bancada. A princípio, teremos a sessão solene. Vamos avaliar perto do meio-dia, mas a princípio, não faremos amanhã (hoje)”, declarou.

O presidente também foi enfático ao dizer que não aceitará o bloqueio sistemático da Assembleia pelos servidores públicos. “O parlamento não vai se colocar de joelhos a ninguém. Nem ao Executivo, nem ao Judiciário. Aqui há 55 deputados que representam 11 milhões de gaúchos. Isso não! Não abrimos mão da nossa independência como poder, nem das prerrogativas que o povo nos deu através do voto.”

Nessa terça-feira, após encerrar o tumulto em frente ao Legislativo, já mais calmo, Brum avaliou a mobilização do funcionalismo e apontou para “infiltrados” entre os servidores que impediram a entrada dos deputados e o cumprimento do acordo fechado com os líderes dos sindicatos de diversas categorias.

Questionado sobre o momento de instabilidade política pelo qual passa o Rio Grande do Sul, o presidente da Assembleia disse que preferia “não entrar no mérito dos projetos do Executivo”. “Minha responsabilidade neste momento é assegurar aos parlamentares a plenitude do exercício de suas atribuições”, concluiu.

Correio do Povo