Secretário da Fazenda admite recorrer a empréstimo para pagar 13º do funcionalismo

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191456_FeltesGiovani Feltes reconheceu que parcela de R$ 600 é uma

O secretário estadual da Fazenda reconheceu, hoje, que a quantia de R$ 600 depositada nas contas dos servidores públicos, em 31 de agosto, é uma “miséria”. O dinheiro é referente à primeira das quatro parcelas do calendário de pagamento da folha. Giovani Feltes ponderou que teve de dar calotes para garantir esse empenho. “Para poder arcar com míseros R$ 600 para os servidores, nós já estamos deixando de pagar centenas e centenas de milhões em diferentes áreas”, disse, lembrando que não leva em conta nesse cálculo o atraso da dívida com a União. “Temos a dimensão dos tamanhos do fosso e do buraco das finanças, realmente é um momento de muitas dificuldades no Rio Grande do Sul”, analisou.

A projeção é de manter o parcelamento nas próximas folhas e o alerta é de uma dificuldade ainda maior no final do ano, em função do décimo-terceiro salário. Dentro da perspectiva para evitar atrasos está a de um empréstimo bancário. “Vamos ter que estudar outros mecanismos e recorrer ao Banrisul é uma alternativa viável. Porém, só faremos empréstimo para pagar os salários no final do ano se houver a certeza de que se pode quitar esse saldo”, ponderou.

O certo é que o governo sustenta não ter dinheiro e condiciona o pagamento do décimo-terceiro em dia, através de empréstimo, somente mediante a aprovação dos projetos de ajuste fiscal em discussão na Assembleia Legislativa. A leitura é de que nesse contexto a Fazenda já consegue ter uma visão mais clara dos rendimentos estimados com as medidas, a partir de 2016.

Fonte:Voltaire Porto / Rádio Guaíba