PMs garantem que mantêm mobilização contra o governo
Em reunião no final da manhã de hoje, em Porto Alegre, as entidades de servidores da Segurança Pública confirmaram que a paralisação de duas semanas será encerrada ao final da tarde. Policiais civis, agentes penitenciários e funcionários do IGP (Instituto Geral de Perícias) voltam a atender todos os tipos de ocorrências, mas devem manter um ritmo mais lento como forma de protesto. Os brigadianos, que já vinham promovendo operação-padrão, não descartam organizar novas manifestações contra cortes de investimentos e o parcelamento dos salários.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados (Abamf), Leonel Lucas, garante que os PMs permanecem mobilizados, mesmo não realizando novos aquartelamentos, de forma a não perder o apoio da população. O presidente da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores), Isaac Ortiz, reconhece que a paralisação contribuiu para a sensação de insegurança no Estado, mas ressalta que o governo foi o responsável por contingenciar os serviços e, assim, provocar aumento dos índices de violência desde o início do ano.
Na próxima terça-feira (15), os sindicatos da Segurança devem seguir a orientação do movimento unificado dos servidores de voltar a paralisar as atividades por um dia. O objetivo é acompanhar a votação de projetos do ajuste fiscal na Assembleia Legislativa. A ação deve se repetir no dia 22, quando também ocorre um ato de centrais sindicais, contra o aumento de impostos, no Centro da Capital.