O presidente da Abamf em Uruguaiana, Clemente Corrêa, disse nesta semana em entrevista que nenhuma equipe do Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar (POE) sai às ruas à noite. Conforme o presidente, após o horário de expediente, nenhuma equipe do POE trabalha e o motivo seria a falta de policiais. “Desde que o Governo cancelou as horas extras dos policiais, a cidade está sem o POE à noite. As equipes trabalhavam com horas extras e sem receberem, os policiais não tem obrigação de trabalharem de graça”, disse Corrêa. Conforme a Abamf, o déficit no efetivo da Brigada Militar atingiu um recorde negativo histórico. De acordo com o número informado pela corporação, a tropa conta hoje com apenas 20.542 policiais militares (PMs). Falta quase metade (44,56%) dos 37.050 previstos por lei estadual, a maior diferença desde 1975. O contingente atual é também o menor desde 1982, quando havia 20.207 brigadianos na ativa no Estado. Combinado com a proibição de nomeações, o elevado número de aposentadorias tende a exaurir ainda mais a força da corporação.
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