Maurício quer respostas do secretário de Segurança do RS sobre a detenção de presos em delegacias

192309_GEm sua fala na sessão plenária desta quinta-feira (22), o líder partidário do PTB na Assembleia Legislativa, deputado Maurício Dziedricki, cobrou respostas do secretário de Segurança Pública do RS, Wantuir Jacini, sobre a detenção de presos em delegacias de Canoas, Porto Alegre e Gravataí, por falta de vagas no Presídio Central. A penitenciária está interditada e não há previsão de quando a situação será normalizada. “Precisamos uma resposta do secretário de Segurança, sobre o que será feito para evitar que o caos da superlotação dos presídios se transfira para as delegacias”, disse.

Segundo Maurício, a acomodação de presos em delegacias foi uma preocupação também trazida pelo coordenador da bancada, delegado Ranolfo Vieira Júnior, que já esteve à frente da Polícia Civil no Estado. Hoje, o Central possui uma superlotação de 126,7%, o que acarreta em prejuízos para a eficácia das ações policiais. “Não podemos permitir que as delegacias se transformem em masmorras, pois as instalações não comportam este número de presos e não possuem condições de segurança, higiene e alimentação para que lá eles possam permanecer”, alertou o deputado.

Ele também citou a nota publicada pelo colunista Wanderley Soares, em sua coluna no jornal O Sul desta terça-feira (20), assinada pela presidente da Associação dos Delegados do RS (Asdep), Nadine Anflor. No texto, a entidade manifestou o desagrado ao retrocesso que está ocorrendo, pois, na década de 80, a Polícia Civil impediu a mesma situação. “Isso precisa ser resolvido o mais rápido possível, pois sabemos que os órgãos policiais mal têm condições de desenvolver suas atividades diárias, devido à falta de estrutura”, lamentou Maurício.

EXEMPLO
Na oportunidade, o parlamentar parabenizou os envolvidos na Operação Atrium, ação articulada entre a Polícia Civil e o Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (DENARC), que nesta quinta-feira resultou na prisão de 28 pessoas ligadas a uma organização criminosa, com base localizada a duas quadras do Fórum do bairro Restinga, na Capital. “Isso faz com que tenhamos que valorizar, cada vez mais, as Polícias Civil e Militar, com reaparelhamento de suas forças, para garantir que ações como a divulgada hoje possam perpetuar em demais comunidades e municípios”, ressaltou.

Agência de Notícias-ALRS