Secretário da Segurança nega novamente acionar Força Nacional

Wantuir Jacini já havia dito que a Brigada Militar é suficiente no policiamente ostensivo do Estado Foto: Alex Rocha/Palácio Piratini
Wantuir Jacini já havia dito que a Brigada Militar é suficiente no policiamente ostensivo do Estado
Foto: Alex Rocha/Palácio Piratini

Wantuir Jacini se reuniu por mais de duas horas com prefeito de Novo Hamburgo, Luis Lauermann, para tratar sobre criminalidade no município

Depois de uma reunião de mais de duas horas, o secretário da Segurança Pública do Estado deixou a sede da Brigada Militar (BM) de Novo Hamburgo sem apresentar novas medidas para conter a escalada da violência na cidade. Wantuir Jacini disse que o policiamento no município vem sendo reforçado desde sábado com brigadianos de outras cidades e negou novamente acionar a Força Nacional.

— Por que não utilizar a Força Nacional? Porque ela desconhece o terreno, a cidade e a criminalidade. Por isso, ela não pode ser utilizada rotineiramente, tem de ser utilizada episodicamente por tempos curtos — disse Jacini.

Desde sábado, 30 brigadianos de cidades da Região Metropolitana têm sido deslocados a cada dia para auxiliar no policiamento de Novo Hamburgo. O prefeito da cidade, Luiz Lauermann, afirmou ser cedo para afirmar que a medida surtiu efeito na redução da violência. Mesmo após a reiterada negativa do secretário, ele voltou a pedir o auxílio da Força Nacional.

— Todo o reforço é bem-vindo e contribui para que se enfrente a onda de criminalidade. Entendemos que existem particularidades da Força Nacional, mas é uma garantia de reforço — apelou o prefeito.

Nos últimos oito dias, ocorreram pelo menos 11 homicídios em Novo Hamburgo. Lauermann afirma que a criminalidade avançou na cidade nos últimos dois meses e que, na contramão, o efetivo da BM reduziu. Seriam 33 brigadianos por turno para cobrir um município de quase 240 mil habitantes.

O secretário da Segurança garante que os municípios que cederam PMs não estão desguarnecidos porque não se tratam de homens que atuam no policiamento ostensivo, mas em operações especiais.

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