Representante do grupo, André Gonçalves, sustenta que, além de segurança, a medida gera economia
Uma comissão formada por aprovados no concurso mais recente da Polícia Civil, que até hoje não foram chamados pelo Estado, sugere o aproveitamento do grupo, até o fim do ano, para suprir o déficit de agentes nas delegacias em função da Operação Verão. Outro argumento é de que o número de 700 policiais civis que se desloca para o litoral coincide com a quantidade de aprovados, que é de 667. Sabendo da necessidade de formação, eles querem estagiar nas delegacias em atividades cartoriais, sem precisar portar armas ou dirigir viaturas.
O alerta sobre a viabilidade legal do ato leva em consideração um exemplo do passado, já que iniciativa semelhante ocorreu entre 1994 e 1995, durante a transição do governo Alceu Collares, do PDT, para o de Antônio Brito, do PMDB. Um dos representantes do grupo, André Gonçalves, sustenta que, além de segurança, a medida gera economia, como deseja a gestão atual, de José Ivo Sartori (PMDB).
“Nós já estaríamos estagiando dentro de um processo de formação e poderíamos abater este período dentro da quantidade de horas aula na Academia de Polícia, o que diminuiria custos. Fora isso, a população não ficaria desguarnecida nas cidades de origem dos policiais”, argumentou.
Os aprovados já pedem o apoio de deputados para intervir favoravelmente à sugestão, junto ao Palácio Piratini. Eles também pretendem formalizar o pedido ao governo. Em um ofício que é distribuído pela comissão, o grupo adverte para um déficit de 4.350 agentes na Polícia Civil, quase metade do total de vagas existentes, de 9.650.