Expectativa é que a Mesa Diretora aprove a iniciativa na próxima terça-feira
O presidente da Assembleia gaúcha, Edson Brum, do PMDB, admitiu hoje que a Mesa Diretora discute a criação da Polícia do Legislativo, um serviço para a proteção do prédio-sede e dos parlamentares. Brum amenizou e esclareceu que se trata apenas de uma “troca de nomenclatura”, ao substituir o atual título do Departamento de Segurança.
A ideia é tomar como molde a Polícia Legislativa do Congresso Nacional. Os seguranças do Parlamento aprovaram a iniciativa. De acordo com eles, o poder de polícia permite uma capacidade de maior ação em casos de conflito, tentativas de invasão ou até mesmo em bloqueios, como ocorreu recentemente quando servidores públicos impediram o acesso de deputados e assessores. Os trabalhadores da segurança da Casa dizem, ainda, que Polícias próprias já existem em pelo menos quatro assembleias estaduais.
A expectativa é que a Mesa Diretora aprove a iniciativa na próxima terça-feira. O sindicato dos policiais civis alertou, de outro lado, que se economiza dinheiro público para preservar a segurança da população e se esbanja para oferece-lá aos parlamentares. O presidente da Ugeirm Sindicato, Issac Ortiz, relata que teve acesso ao projeto que tramita na Mesa Diretora. Segundo ele, o texto prevê salários de quase R$ 25 mil, o equivalente ao que recebe um deputado estadual.
“No documento que conseguimos, a informação é de um salário inicial de R$ 9 mil e que pode chegar até R$ 23 mil no final da carreira. Não somos contra os seguranças da Assembleia Legislativa ganharem bem. Só queremos que alguém nos explique por que falta dinheiro para a segurança de toda a sociedade e sobra para a dos deputados”, questionou.
Na Assembleia Legislativa, porém, a intenção de pagar um salário-base de R$ 9 mil para policiais legislativos não é confirmada. Hoje, um segurança da Casa ganha em torno de R$ 4 mil em início de carreira.
