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De soldado da BM a comandante da PRF

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De soldado da BM a comandante da PRF
Pedro teve de optar entre a BM e a PRF. Preferiu realizar o sonho de infância, indo para a corporação federal
Pedro teve de optar entre a BM e a PRF. Preferiu realizar o sonho de infância, indo para a corporação federal
Pedro teve de optar entre a BM e a PRF. Preferiu realizar o sonho de infância, indo para a corporação federal

Vindo de uma infância sofrida, o menino que vendeu picolé e foi soldado, agora comanda a PRF

Não existe evolução sem mudança. Este pensamento impulsionou Pedro de Souza da Silva, 46 anos, a trocar a Brigada Militar (BM) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 6 de julho de 1994. Optou não apenas por trocar de emprego, mas escolheu mudar o próprio destino, mesmo perdendo 50% da renda mensal. “Precisamos escolher entre as diferentes oportunidades que a vida oferece. Sempre olhei para o futuro. Olhar apenas pelo retrovisor não basta”. E hoje, na condição de superintendente regional da PRF, lembra do passado com saudade. A escolha feita há 21 anos fez com que deixasse para trás a BM, onde atuou por oito anos como soldado. Exercia a função de patrulheiro do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), atual Comando Rodoviário. “Fui o mais novo soldado da história da corporação. Quando ingressei, em 1987, tinha 18 anos e precisei pedir dispensa do serviço militar obrigatório”, recorda, acrescentando que teve orgulho de ser colega de profissão do pai, o tenente Juvelino Ribeiro da Silva, hoje na reserva. Quando passou a atuar como patrulheiro em Erechim, o pai era sargento do BPRv em Passo Fundo. Em 1991, Pedro passou a patrulhar a ERS 118, em Gravataí. E foi lá que precisou tomar, talvez, a mais difícil decisão de sua vida: seguir na Brigada e ingressar no quadro de oficiais ou ir para a PRF. “Tinha assegurado uma vaga no Curso de Formação de Oficiais via vestibular e concomitantemente fui aprovado no concurso da PRF”.

‘E o vento levou o meu salário’

De 1994 a 2001, no início da carreira na PRF, o superintendente Pedro de Souza da Silva patrulhou a BR 290. Primeiro atuou em Osório e depois em Gravataí. Entre 2002 e 2003, foi chefe substituto da 2ª Delegacia Regional da PRF e chefe de policiamento da BR 290 e da BR 116, no trecho Eldorado do SulGuaíba. Depois, de 2003 a 2004, chefiou a 1ª Delegacia Regional, em São Leopoldo. Em 2005, atuou na Seção de Policiamento e, em 2006, foi chefe substituto do Núcleo de Acidentes, onde permaneceu até 2008. Na sequência, foi transferido para Brasília, onde comandou o Núcleo de Normas e Procedimentos da PRF. Em 2011, foi cedido para o Ministério da Justiça. “Queria encerrar minha carreira em solo gaúcho”, confidencia o filho de Ijuí, que ainda menino foi “adotado” por Santo Augusto. Pedro lembra ter passado por privações na infância. Aos 8 anos, vendeu picolé e trabalhou na capina de lavouras de soja. “Recordo que um dia, voltando para casa na carroceria de um caminhão, tirei o chapéu e o vento levou meu salário”, afirma. Ele costumava guardar o dinheiro na parte interna do chapéu.

Novos desafios em 2016

Os desafios são sempre bem vindos para Pedro de Souza da Silva. “Minha próxima missão é adquirir uma sede para a Superintendência da PRF no Rio Grande do Sul e reestruturar os 42 postos rodoviários distribuí- dos pelo Estado”, revela, afirmando que a instituição ocupa prédio alugado no bairro Humaitá, na zona Norte da Capital. Já em 2016, projeta reformas nos postos operacionais de Caçapava do Sul, Erechim, Ijuí, Pelotas, Rio Grande e na sede da 7ª Delegacia Regional da institui- ção, também em Pelotas. “A intenção é remodelar todas as nossas unidades para qualificar o atendimento prestado”, frisa.

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