Por Mateus Ferraz
A dificuldade da base aliada do Piratini para aprovar o projeto de lei que reduziu o teto das RPVs, na semana passada, trouxe incertezas quanto ao envio da 6ª fase do ajuste fiscal à Assembleia Legislativa. O pacote não seria o mais complicado do ano, mas, como há outros textos polêmicos na fila de votações, o governo pode focar em um deles, considerado estratégico, que é aLei de Responsabilidade Fiscal Gaúcha (LRFG).
No entanto, para aprovar a LRFG, será preciso protocolar o “regime de urgência” à matéria, que acelera o processo de votação. Junto a isso, o governo terá que controlar alguns focos rebeldes na base, principalmente integrantes do PP, do PSDB e do PDT. A dificuldade na aceitação da matéria está, principalmente, em dois pontos: o primeiro é que o projeto prevê o congelamento dos salários dos servidores estaduais pelos próximos dois anos; o segundo é que 2016 é ano de eleição e ninguém quer ir para a disputa por prefeituras com o peso de medidas impopulares.
“Acho difícil o governo enviar mais projetos esse ano. Acho que o foco vai ser nos projetos que já estão na Casa”, relata o líder da bancada do PMDB no Legislativo, deputado Alvaro Boessio.
Reunião
Na tentativa de sensibilizar a base aliada na Assembleia, o governador José Ivo Sartori convocou uma reunião extraordinária com deputados da base e secretários do núcleo duro para esta terça-feira (17). O encontro será no Palácio Piratini.
2015
Como o recesso parlamentar na Assembleia Legislativa inicia na segunda quinzena de dezembro, o Piratini deve atrelar o “regime de urgência” aos projetos estratégicos da Casa até o final desta semana. No entanto, a base aliada já foi informada que será convocada pelo Executivo para votações extraordinárias após o início do recesso.
RADIO GAUCHA