Ugeirm também denunciou que Assembleia quer criar Polícia do Legislativo, com salários entre R$ 9 mil e R$ 22 mil
Servidores temem que o governo reprograme o calendário de aumentos da Segurança Pública, garantido, ainda em 2012, na gestão de Tarso Genro, do PT. A proposta original aprovada pela Assembleia Legislativa prevê parcelas de reajustes até 2018 e a intenção do Palácio Piratini pode ser estendê-las até 2021. O alerta é do presidente da Ugeirm Sindicato, Issac Ortiz, que representa a Polícia Civil. “Nós já temos essa informação de que o governo quer reparcelar nossos aumentos, de três para seis anos. Se essa é a pauta que os aliados de Sartori pretendem esgotar, seremos contra e vamos ver qual vai ser a resposta dos deputados”, enfatizou.
Outro receio é de que o governo encaminhe a aprovação do PL 206, que cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, entre 28 e 29 de dezembro, período em que ocorrem as votações extraordinárias que podem ser solicitadas pelo Palácio Piratini.
A elaboração de uma proposta para reprogramar o parcelamento da Segurança Pública não é confirmada pelas lideranças do Executivo. Entretanto, o PL 206 já tramita na Assembleia Legislativa e pode entrar na ordem do dia se houve votações extraordinárias, independente de pedido de regime de urgência.
Paralelamente a novas contenções de gastos o representante dos policiais civis revela que a Assembleia Legislativa quer criar uma Polícia do Legislativo. “A Mesa Diretora deve aprovar na próxima semana a Polícia do Legislativo, com salário inicial de R$ 9 mil, podendo chegar até R$ 22 mil. Ou seja, não há dinheiro para a segurança da população, mas há para bancar a dos deputados ?”, questionou.