Após ataques a ônibus, 30 policiais de Santa Maria são deslocados para POA

17174638Eles devem permanecer na cidade por dois dias para reforçar o policiamento

Na madrugada desta quinta-feira (3), 30 policiais militares do Batalhão de Operações Especiais de Santa Mariaforam deslocados para a Capital para ajudar no policiamento depois dos ataques a veículos de transporte coletivo. Nesta semana, foram cinco ataques a ônibus e um a lotação. A informação foi confirmada pelo Comando de Policiamento da Capital.

Como os policiais militares de Porto Alegre trabalharam por muitas horas seguidas após os ataques, os policiais de Santa Maria vão ajudar no policiamento na cidade. De acordo com o comandante do CRPO (Comando Regional de Policiamento Ostensivo) da Região Central, coronel Worney Mendonça, em princípio eles devem permanecer na Capital por dois dias, mas o tempo de permanência na cidade ainda pode sofrer alterações.

Na noite de terça-feira (1º), cinco ônibus e uma lotação foram incendiados na zona sul de Porto Alegre. Por este motivo, linhas de ônibus da região chegaram a ficar suspensas. Um dos suspeitos de ter participado dos ataques foi preso17800304

GAÚCHA SM

Região Central: com defasagem, 2 PM’s fazem policiamento em até 4 cidades

Déficit nos efetivos em alguns municípios chega a até 60%

Com os efetivos da Brigada Militar (BM) na Região Central defasados, chega ao ponto de dois policiais ficarem responsáveis pelo policiamento de até quatro municípios. É a situação da maioria dos municípios da Quarta Colônia.

Dois policiais, em uma viatura, dão conta, por exemplo, dos municípios de IvoráNova PalmaFaxinal do Soturno e São João do Polêsine. Na quarta-feira (18), um policial de Faxinal do Soturno e um de São João do Polêsine faziam policiamento em uma viatura em todos os municípios. Situações semelhantes aconteceram em Agudo e Restinga Seca, onde na noite de quarta-feira (18) houve dois assaltos a postos de combustível.

O Comandante Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) na Região Central, coronel Worney Dellani Mendonça, confirma a situação e explica qual é a medida colocada em prática em função do problema.

“A nossa opção aqui, de gestão, do comando regional, foi estabelecer as Patrulhas Intermunicipais como uma alternativa para realizar o policiamento nesses municípios”.

Ele não informa quais municípios trabalham dentro desse sistema, pois o comando se reúne diariamente para escalar os policiais.

Apesar disso, de acordo com o coronel, a defasagem, em média, nos 29 municípios da Região Central, é de 37%. No fim do primeiro semestre deste ano, era de 30%. Em municípios da Quarta Colônia, chega a 60%. Questionado quanto à possibilidade de vinda de mais policiais para o Centro do Estado, o coronel afirma que não há sinalização de isso acontecer.

“Não existe a previsão, pelo que se sabe, de chamada de novos policiais”, afirma. “As transferências para a região de Santa Maria são difíceis, porque o problema de déficit existe em todo o Estado”.

Estatística
Entre julho e setembro de 2015, foram 106 casos de assaltos ao comércio em Santa Maria. Ano passado, foram 51. É um assalto por dia e um aumento de mais que o dobro de um ano para outro. Em outubro, foram 26. O número de assaltos a pedestre também aumentou: 25,8%. Foram 302 casos contra 240. São três casos por dia.

Foram 20 casos de roubos a estabelecimentos comerciais em julho de 2014. Em 2015, foram 25. Em agosto, o aumento é alto: de 8 em 2014 para 21 em 2015. Já em setembro, o aumento é elevado, porém menor que durante o mês em que houve as paralisações: de 23 para 63.

A situação relativa aos assaltos a pedestre é semelhante. Foram 83 casos em julho de 2014 e no mesmo mês, mas neste ano, foram 90. A curva sobe em agosto: 91 casos em 2014 e 111 em 2015. Há alta também em setembro: 66 casos ano passado e 105 este ano.

Ataques ao interior
Desde setembro de 2015, foram pelo menos oito casos de ataques a residências do interior de Dilermando de AguiarFaxinal do SoturnoCacequiNova Palma e Santa Maria. Criminosos renderam, amarraram e agrediram famílias dentro de suas próprias casas. Os casos levaram a polícia a intensificar ações no interior.

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