
VÍTIMA DE PEDRADA DURANTE PROTESTO NA COPA, PM QUER TER DIREITO A TRATAMENTO
A Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (ABAMF), que defende os direitos dos integrantes da Brigada Militar, ingressou com uma ação na Justiça na tentativa de que o soldado cachoeirense Eriston Moura receba novamente tratamento de saúde, que era concedido pelo Estado. O policial militar, integrante do 9º BPM, de Porto Alegre, foi vítima de uma pedrada na cabeça, durante protesto contra a Copa do Mundo, na Capital, em 2014, e desde então está impossibilitado de se locomover, necessitando de cuidados médicos.
Desde novembro de 2015, o soldado ficou sem o atendimento que recebia em Santa Maria e Porto Alegre, porque venceu o contrato do governo do Estado com a empresa responsável pelo tratamento. O advogado Cláudio Augusto Vianna Terra, do Escritório Terra Vianna, que assessora juridicamente a ABAMF e atua no caso de Eriston, disse que busca urgência no novo processo licitatório aberto pelo governo do Estado.
Segundo o advogado, a contratação de uma nova empresa pode demorar meses. “O Eriston não pode esperar, porque corre risco caso não tenha o devido tratamento, por isso ingressamos com a ação”, argumentou Terra. Ele afirma que tentou na Justiça, em outro processo, que o PM, que recebe salário de sargento, fosse promovido a tenente.
O advogado salientou que o caso já teve sentença, mas a manifestação do juiz, conforme ele, causou surpresa. Foi alegado que o soldado, antes de receber a pedrada, possuía uma doença neurológica e, devido à agressão, ela então se manifestou. “Nós não concordamos, causou estranheza à família, por isto, estamos discordando”, acrescentou.
O CORREIO