Suspeito nega participação na morte de PM; polícia busca mais 3 envolvidos

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qwewHomem preso ontem disse que não estava em Tramandaí na noite do crime

O suspeito de envolvimento na morte do policial militar Maysson Fagundes da Silva, durante o Réveillon em Tramandaí, foi interrogado por cerca de uma hora neste sábado (2) na Delegacia da cidade. Nelson José Paiano, 19 anos, negou participação do crime. A polícia ainda faz buscas a outros três suspeitos do crime.

O jovem foi preso ontem em Alvorada e conduzido para o litoral logo em seguida. Na presença de um advogado, ele afirmou que estava em Alvorada durante o Réveillon e que tem testemunhas, e até uma gravação em vídeo, para comprovar que não passou a virada do ano na praia onde o policial foi morto. Ele teve a prisão temporária decretada e está no Presídio de Osório.

Segundo o delegado Paulo Perez, que investiga o crime, Paiano foi preso pelo policial no dia 22 de novembro e ficou apenas três dias detido. A polícia apura se o motivo do assassinato seja uma represália ao trabalho do PM.

A polícia também divulgou hoje uma foto de três suspeitos que estão sendo procurados por participação no crime. Eles foram identificados através de testemunhas após o registro de uma selfie feita minutos antes de o PM ser baleado durante o Réveillon de Tramandaí. A imagem foi publicada nas redes sociais. Buscas são feitas para tentar localizar e ouvir os suspeitos.

“Quem souber qualquer informação sobre o paradeiro, ligue para a BM ou para a Polícia Civil”, disse o delegado, ao ressltar que um deles seria, inclusive, o atirador.

A polícia também informou que as câmeras de segurança da praia não registraram o crime. O equipamento gira em 360 graus e captou momentos antes e depois do assassinato.

Maysson Fagundes da Silva foi morto com um tiro na cabeça quando comemorava a virada do ano com amigos na beira da praia, em Tramandaí.

Imagem mostra suspeitos durante Réveillon em Tramandaí (foto: reprodução)

Bala perdida
A polícia também instaurou um segundo inquérito envolvendo a morte do soldado. Perez destaca que um amigo do policial confessou, em depoimento, que disparou seis vezes em meio à multidão durante o Réveillon para tentar acertar os suspeitos em fuga.

O homem pegou a arma do PM que morreu, logo depois dele ter sido baleado.

O delegado destaca que foi uma ação temerária e que pode ter causado ferimentos em uma adolescente de 16 anos. Em menos de cinco minutos após o disparo contra o policial, a jovem foi vítima de uma bala perdida no mesmo local.

A polícia aguarda resultado pericial na arma do PM para saber se o tiro que atingiu a adolescente foi dado pelo amigo do brigadiano. Se confirmado, ele vai responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, por assumir o risco da ação.

GAÚCHA