Presidente da Associação de Oficiais da BM cobra melhorias na segurança

solenidade_coronelfrotaCoronel Marcelo Frota foi reeleito para mais dois anos à frente da entidade que representa o quadro de  elite da corporação

Por: José Luís Costa

Reconduzido para o segundo mandato consecutivo como presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asofbm), o coronel Marcelo Gomes Frota amplia o tom de críticas à política de segurança pública no Estado.

— A população conhece o esforço da BM. Sabe que a responsabilidade pela segurança não é dela. O responsável está na Praça da Matriz, no Palácio Piratini. Infelizmente, o governo Sartori entende que segurança é custo, quando, na verdade, é investimento — assegura Frota.

Empossado hoje em reunião-almoço em solenidade do Clube Farrapos, em Porto Alegre, representando 1,4 mil associados para mais dois anos à frente da entidade, Frota promete intensificar cobranças pelo incremento do efetivo da BM, com inclusões de mais soldados e de mais oficiais.

Segundo ele, a corporação tem cerca de 480 oficiais, déficit de 40% em relação ao quadro previsto. A situação preocupa, salienta Frota, porque são profissionais responsáveis pela gestão e planejamento de ações preventivas em defesa da vida, da liberdade e do patrimônio dos gaúchos.

— Precisamos de concurso para, ao menos, 90 novos capitães. Em maio, a Academia da BM completou 100 anos, e, de forma melancólica, não vai formar um oficial este ano. A última turma, com 120 capitães, ingressou em 2014 e se formou no ano passado — lamenta.

Frota também criticou o parcelamento dos vencimentos dos servidores. Para ele, o Estado teria condições de evitar a medida.

— Existe receita. Não há menor justificativa para parcelar salários. Entendemos que isso é uma opção do governo. Não falo em perversidade, mas a segurança  pública não é prioridade para este governo — acentua.

Questionado sobre a promessa de um pacote para melhoria na segurança, o presidente da Asof é enfático:

— Há um clamor social, e acreditamos que o governo vai se sensibilizar, pois em termos de segurança pública, até agora não disse a que veio — completou Frota.

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