Rádio Guaíba: Governo vai atrasar pela nona vez salários do Executivo e primeira parcela dos servidores deve ser de R$ 1 mil

19695672Mesmo com parcelamentos consecutivos, secretário da Fazenda descarta encontro de folhas na gestão Sartori

O governo do Estado vai continuar parcelando os salários e, para pagar o mês de agosto, o valor do primeiro depósito é inicialmente projetado em R$ 1 mil. O valor ainda depende das quantias finais da receita de arrecadação de impostos. Este será o nono mês em que o governo Sartori atrasa os vencimentos do funcionalismo.

A Secretaria da Fazenda ainda deve fazer uma reunião com técnicos para estabelecer um calendário de pagamento. A previsão de um encontro de folhas, porém, não foi confirmada. A modalidade aconteceria caso o Estado não tivesse condições de quitar os salários do último mês e, neste cenário, os pagamentos dos meses de agosto e setembro, por exemplo, seriam feitos quase simultaneamente.

O secretário da Fazenda, Givani Feltes, reconhece as dificuldades, mas diz que o encontro de folhas não esta nos planos do governo. ‘Este tipo de situação até poderia acontecer devido a agudização da nossa crise que segue sofrendo os impactos de uma recessão nacional. No entanto, isso não esta no nosso horizonte e a esperança é de que ele não ocorra neste governo’, ponderou.

O Palácio Piratini já abandonou há muito tempo um calendário de pagamento que fazia depósitos para diferentes categorias numa divisão realizada nos últimos dias do mês. Agora, todos os servidores do Executivo recebem juntos, no último dia do mês. Com isso, a primeira parcela do servidor público será creditada na próxima quarta-feira e, no dia anterior, deve haver uma coletiva de imprensa para esclarecer a forma de pagamento.

Até mesmo a crise na Segurança Pública deve trazer reflexos no quadro de parcelamento salarial. A vinda de mais de 100 homens da Força Nacional de Segurança vai expor uma disparidade de vencimentos, conforme alerta o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar. Para Leonel Lucas, a confirmação de que o reforço não vai mais atuar em presídios e sim no policiamento ostensivo, deve gerar uma animosidade. ‘O que a sociedade tem que saber é que o policial da Força Nacional de Segurança recebe, por mês, entre R$ 6 mil e R$ 9 mil e o brigadiano que vai estar atuando ao lado dele nas ruas ganha salário parcelado ao longo de todo este governo’,  lamentou.

Fonte:Voltaire Porto/Rádio Guaíba