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Sartori diz que respeita manifestações, apesar de considerar “exagero”

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Sartori diz que respeita manifestações, apesar de considerar “exagero”

19755137Servidores da segurança marcaram paralisação na quinta-feira

O governador José Ivo Sartori falou brevemente com a imprensa na manhã desta quarta-feira (3) sobre a paralisação de servidores estaduais da área da segurança, marcada para amanhã em função do parcelamento dos salários. Sartori disse que o governo está fazendo a sua parte e que espera que todos os serviços sejam mantidos à população.

“Achei um pouco estranha essa manifestação, na medida que ela exagera na dose. Sabemos que existe uma movimentação nacional no dia de amanhã e espero que isso não se confunda politicamente”, afirmou o governador, ao reforçar que está trabalhando para “colocar a casa em ordem” e recuperar as finanças estaduais.

“A gente tem que pensar nos 11 milhões de gaúchos que não estão envolvidos neste processo e precisam da atenção do poder público. Mas respeito as manifestações, mesmo que as considere exageradas”, complementou após participar de evento da Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (Agert).

Segundo ele, o governo vai cumprir o seu papel de manter os serviços públicos em operação. Sartori ainda mandou um recado para os servidores da área da segurança.

“Espero a mesma guarida tanto dos policiais civis, militares, de toda área da segurança no sentido de viabilizar a tranquilidade para a população. A vida segue normal amanhã e espero que todos cumpram o seu papel de bem servir a comunidade”.

Mais cedo, na abertura do evento da Agert, Sartori fez referência à estabilidade dos funcionários do Executivo. “Esta é a realidade que está aí (parcelamento). Pelo menos o servidor público tem garantia do seu serviço, tem garantia do seu trabalho”.

GAÚCHA

ZERO HORA: Piratini orienta população a “manter atividade normal” na quinta-feira

19695672 (1)Governo do Estado pede a sindicatos para que “não estimulem pânico” com paralisação

Por: Juliana Bublitz ZERO HORA

Em resposta à perspectiva de paralisação dos servidores da segurança pública na próxima quinta-feira, o Palácio Piratini orienta a população a “manter suas atividades normalmente” na data.

Nos bastidores, a cúpula do governo avalia como injusta a reação na Brigada Militar e na Polícia Civil, sob o argumento de que os agentes da segurança são os únicos, no Poder Executivo, que vêm recebendo reajustes acima da inflação — os aumentos foram aprovados no governo de Tarso Genro (PT) e vêm sendo honrados por José Ivo Sartori (PMDB).

No caso dos soldados, por exemplo, o vencimento padrão era de R$ 2.398,26 em janeiro de 2015. Desde maio deste ano, passou a ser de R$ 3.135,32.

— O parcelamento de salários não é um ato de vontade política, mas uma contingência. A situação foi agravada fortemente pelo governo anterior e pela crise econômica do país — diz um integrante do alto escalão.

Na tentativa de evitar problemas na quinta-feira, o governo pede aos sindicatos e associações de classe para que “não estimulem um clima de pânico no Estado”, o que, segundo o Piratini, apenas “reforçaria a criminalidade”.