Assembleia pode ter CPI e Comissão Especial para investigar, em paralelo, crise de Segurança no RS

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assembleia-legislativaUma delas depende de 19 e a outra de 35 adesões

Em duas frentes que correm em paralelo em busca de assinaturas de deputados, uma Comissão Especial e uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) podem ser instaladas na Assembleia Legislativa para investigar as causas da crise da segurança pública no Rio Grande do Sul.

A expectativa de Pedro Ruas (PSol), o primeiro a assinar o requerimento de CPI (e por isso o mais cotado para presidir a investigação), é de que as 19 adesões necessárias sejam obtidas já na próxima quarta-feira. Da mesma forma, o deputado Ronaldo Santini (PTB) estima que sejam obtidas as 35 assinaturas  para instalar a Comissão Especial.

Para a CPI, falta o apoio de oito parlamentares. Segundo Ruas, as assinaturas poderão ser obtidas durante reunião de lideranças que vai acontecer após o feriado. “Uma iniciativa não exclui a outra, mas vamos ver quem trabalha mais. Quanto mais discussões forem promovidas para buscar as causas da insegurança e chegar a propostas de solução, melhor. Mas a CPI, por si só, não resolve. Não podemos colocar mais brigadianos nas ruas, por exemplo”, sustenta Pedro Ruas.

O deputado do PSol rejeita a tese de que uma CPI da Segurança se transforme em “carnificina” entre o PMDB de Sartori e o PT da gestão de Tarso Genro. “Estarei na presidência da CPI e não vou permitir tal ringue”. Ruas estima ainda que não haja dispersão do foco: investigar a fundo o agravamento da insegurança no RS. A CPI foi proposta pela seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Já a formação de uma Comissão Especial para debater o tema – sem poder de convocação de depoentes – está próxima de obter as 35 adesões necessárias. Conforme a assessoria parlamentar de Santini, a maioria dos deputados do PTB, PSDB, PPL, Rede, PRB, PP, PMDB e PDT assinou a representação. A Comissão tende a ser mais propositiva do que combativa, conforme o deputado que angaria apoio.

Fonte:Samantha Klein / Rádio Guaíba