Grupo de trabalhadores foi recebido por deputados após participar de protesto na Praça da Matriz
Após um protesto que reuniu milhares de manifestantes, hoje à tarde, na Praça da Matriz, um grupo de deputados recebeu representantes de servidores públicos, na sala da Presidência da Assembleia, em Porto Alegre. Com as portas do Parlamento fechadas, em função da manifestação, mas abertas para o ingresso de deputados, assessores e jornalistas, eles exigiram que a votação do pacote, incluindo um projeto que visa extinguir fundações e autarquias, além da demissão de mais de 1,2 mil servidores, possa ser acompanhada pelos trabalhadores nas galerias da Assembleia.
O grupo tinha representantes de pelo menos sete entidades de classe. A Mesa Diretora da Casa vai ser comunicada nas próximas horas para organizar o acompanhamento da votação. Alguns servidores sugeriram, ainda, a instalação de telões na parte externa da Casa para ampliar a visualização voto a voto.
Presente à reunião, a deputada estadual Stela Farias (PT) lamentou o fechamento do Parlamento, nesta terça, e a presença de brigadianos na Praça da Matriz. Com isso, Stela defendeu que a Mesa Diretoria “acerte os ponteiros” para que os servidores possam acompanhar a votação. “Eles pedem obviamente que seja cumprida a liminar que o Judiciário deu aos sindicalistas no ano passado, que divide o plenário para ocupação (metade para os favoráveis, metade para os contrários aos projetos em votação)”, sintetiza.
Durante a tarde, servidores públicos de várias entidades do Rio Grande do Sul protestaram em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa, inclusive com forte presença de representantes da Polícia Civil. Os grupos queimaram um boneco com a imagem do governador José Ivo Sartori e derrubaram gradis de segurança. A Tropa de Choque da Brigada Militar chegou a afastar manifestantes, mas após conversa com lideranças, recuou. A manifestação começou a se dispersar com uma mudança de tempo que trouxe vento forte, no fim da tarde.
