Servidores dão “abraço” coletivo no Hospital da Brigada contra possível fechamento

22052457Comandantes regionais garantem funcionamento da unidade, que voltou a realizar cirurgias

A manhã desta terça-feira foi de protesto e homenagem em frente ao Hospital da Brigada Militar (HBM) de Santa Maria, na Rua Euclides da Cunha. Cerca de 60 servidores, a maioria da reserva, mas alguns da ativa, deram um abraço coletivo em frente à instituição. Eles protestam contra um possível fechamento da unidade. Na metade de novembro, surgiu a notícia de que o Departamento de Saúde do Comando-Geral da BM havia determinado a transferência de um arco cirúrgico, avaliado em cerca de R$ 600 mil, que representaria o fechamento do bloco de cirurgias do hospital.

No entanto, conforme o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo Central (CRPO Central), coronel Worney Mendonça, apesar de não haver a confirmação documental, o comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas, garantiu que o equipamento não saíra de Santa Maria.

– Não recebemos nenhum documento ainda, mas o coronel Freitas nos deu a garantia. Nos mobilizamos para garantir a permanência desse equipamento, e a manifestação do pessoa hoje é legítima. Tem toda uma história de construção desse hospital, com a participação dos militares, dando um dia de salários do mês, ajudando como pedreiros nos dias de folga – afirma Worney.

Além disso, de acordo com o diretor do HBM, major Ilvair Vianna de Souza, desde a última quinta-feira, um anestesista que foi contratado emergencialmente já está trabalhando e seis cirurgias foram realizadas. O bloco cirúrgico não estava funcionando desde o início deste ano justamente pela falta deste profissional.

– Concretizamos essa contratação e estamos remarcando exames e cirurgias. Esperamos estabilizar os atendimentos em breve. Essa manifestação de hoje é um orgulho para nós, quando se abraça é porque se gosta de alguém – explica o major.

Por outro lado, o coordenador regional da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), João Corrêa, que representa parte dos servidores da BM, diz que ainda há um temor pelo fechamento da unidade. A manifestação desta terça foi convocada pela associação.

– Nos mantemos em alerta porque ainda não se afastou o fantasma do fechamento. Há algumas conversas de bastidores que a intenção seria fechar o hospital e transformá-lo apenas em uma enfermaria. Enquanto o governo não se posicionar sobre isso, seguiremos cobrando – ressalta Côrrea.

Tanto ele como o coronel Worney destacam que o HBM atende uma parcela muito grande de policiais militares, já que a região da fronteira oeste do Estado também é beneficiada. Além disso, 27 mil pessoas que possuem o plano do Instituto de Previdência do Estado (IPE) também podem ser atendidos no HBM.

DIÁRIO DE SANTA MARIA