Presidente da entidade afirma que OAB/RS está cumprindo seu papel
O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier afirmou, em entrevista a Rádio Guaíba, neste sábado que a seccional da OAB no Rio Grande do Sul vai pedir esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal sobre a delação do diretor da JBS, Ricardo Saud, que cita pagamento de R$ 1,5 milhão em propina, em forma de doação oficial dissimulada, para a corrida eleitoral do Rio Grande do Sul em 2014.
“OAB está no seu dever, onde ontem tão logo surgiram os áudios eu solicitei ao setor jurídico da OAB para pedir acesso a tudo que se envolva em relção a esse episódio. Nós não estamos fazendo pré-julgamento. Estamos apenas querendo fazer esclarecimentos, porque isto é grave. Tanto que o governador refutou fortemente essas questões envolvendo o nome dele. A OAB tem o seu papel dentro do estado e nós vamos solicitar e aguardar as informações, afirma Breier.
Conforme o delator, a campanha de Sartori recebeu os recursos com a intercessão do então candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. O teor das delações foi liberado nessa sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, Sartori repudiou as acusações: “nunca participei desse mar de lama. Não me misturem com essa gente”, afirmou.
Em menos de 30 segundos, Saud explica o trâmite para o repassar os valores. “Daí o Aécio deu R$ 1,5 milhão deste dinheiro, desta propina, para o Sartori”, revela o diretor ao procurador do Ministério Público Federal. O diretor sustenta que o repasse partia do tucano porque Sartori era “dissidente” da cúpula do PMDB e, além de não apoiar a candidatura de Dilma Rousseff em 2014, como o restante da legenda, concorria contra o PT, de Tarso Genro, no Rio Grande do Sul.
Ainda neste sábado, o coordenador financeiro da campanha de José Ivo Sartori, João Carlos Bona Garcia, reiterou que todas as doações recebidas pela chapa que se elegeu em 2014 foram legais e classificou como fantasiosa a delação do diretor da JBS. Bona Garcia explicou que as doações da JBS para campanha de Sartori foram todas feitas dentro da legalidade e aprovadas pela Justiça Eleitoral.