Rádio Guaíba: Após atuar com menor efetivo da década, BM garante pelo menos três PMs em cada cidade gaúcha

Em Maximiliano de Almeida, Justiça determinou que efetivo mínimo seja disponibilizado em até 15 dias

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) confirmou, nesta terça-feira, que a partir de junho todos os 497 municípios gaúchos vão contar com pelo menos três policiais militares por meio de remanejamentos do efetivo hoje à disposição. A chegada de mais cerca de mil PMs às ruas é prevista para a segunda quinzena de julho. Com isso, a meta do governo é iniciar o ano de 2018 com todos os municípios equipados de um efetivo mínimo de cinco PMs.

Em 2016, a Brigada Militar trabalhou com o menor contingente dos últimos dez anos no Rio Grande do Sul. O quadro era composto de 21.269 PMs – homens/mulheres, segundo dados obtidos pela Rádio Guaíba via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Para garantir o reforço no efetivo, o Palácio Piratini autorizou o retorno de policiais militares no Corpo Voluntário de Militares Inativos (CVMI) para atuar, prioritariamente, em patrulhas escolares (com foco no tráfico de drogas) e em atividades de videomonitoramento.

O Comando-Geral ainda pediu ao governo estadual a inclusão de PMs temporários, oriundos das Forças Armadas, que devem ser empregados na guarda externa de presídios, liberando os brigadianos dessa função. Dessa forma, a expectativa é de um reforço ainda mais significativo no policiamento ostensivo até o fim de 2017.

Em Maximiliano de Almeida, Justiça determina efetivo mínimo de três PMs

A falta de PMs em cidades menores leva o impasse a parar na esfera judicial. Em Marcelino Ramos, no Norte gaúcho, por exemplo, a Justiça determinou que, em até 15 dias, o Batalhão de Polícia Militar da cidade passe a atender com pelo menos três PMs, entre as 8h e as 20h, em todos os dias da semana. Um deles deve atuar em atendimento e dois em patrulhamento e abordagens. Em caso de descumprimento, a multa diária imposta é de R$ 5 mil.

A medida ocorre após a cidade ter sido alvo de assaltos em série e com reféns a duas agência bancárias e uma cooperativa, em fevereiro. Uma situação similar ocorreu em 2015.

Fonte:Lucas Rivas/Rádio Guaíba