O presidente da ABAMF, Solis Paim, recebeu na Câmara Municipal de Porto Alegre, no Plenário Ana Terra, dia 18 de setembro, às 18 horas, das mãos da vereadora Comandante Nádia, proponente da homenagem, a placa destacando a entidade pelo trabalho realizado junto a Família Brigadiana. Acompanharam o ato,os vereadores Idenir Cecchim e Valter Nagelstein. Os vereadores Cássia Carpes e Mendes Ribeiro foram representados. O coronel Carlos Armindo Tomé Marques representou o Comando da Brigada Militar. As instituições brigadianas prestigiaram o momento. A presidente do Sindicivis da BM, Ângela Quadros, o presidente da IBCM, Daniel Lopes, o diretor social da ASSTBM, Aristedes Pereira, e a representante da ASOF, capitã Letícia Dal´ligna, levaram os cumprimentos a ABAMF.
Nos discursos, a lembrança que o militar estadual só é lembrado nos momentos difíceis. A primeira a falar foi a Comandante Nádia. Lembrou que a associação representa praças qualificados. “São os brigadianos que dão todo o amparo necessário nos momentos de crise. Não importa em que situação se encontra o soldado; ele sempre vai bem atender”. Lembrou, ainda, da aprovação para a construção de monumento aos policiais, aprovado pela Câmara, e destacou que é momento para valorizar as representações de classe.
Já, o vereador Cecchim falou: “Em qualquer recanto deste estado tem um brigadiano, às vezes, com um sargento comandando. E mesmo quando há um ou dois PMs, eles fazem o que podem para defender o município.Quem nos defende é a Brigada. Às vezes, o PM é o amigo, o parceiro e o apartador de briga, no interior do nosso estado”.
Representando o Comandada BM, o coronel Carlos Armindo Tomé Marques, ressaltou que brigadianos perdem a vida, a família, combatendo o crime. Lembrou do caso do sargento Eriston, que ficou com danos irreversíveis após levar uma pedrada na cabeça durante manifestação contra a copa do mundo de 2014. “Por que somente se debate quando alguém que não está no seio da tropa é atingido? Quando o PM é atingido não se levanta a questão”. Para o oficial, a valorização do policial militar passa, também, por uma reflexão da sociedade, que chama o policial 24 horas. E alertou: “mesmo cumprindo com o dever, os militares tem condições hoje piores do que tiveram ontem ou algum tempo atrás”.
“Vocês são homens e mulheres de coragem”. Assim o vereador Nagelstein iniciou o curto discurso. E completou: “Não há problema maior no Brasil hoje do que a criminalidade. Esteja frio ou quente, lá está a Brigada Militar, combatendo o abigeato, o crime organizado, as quadrilhas”. Sobre as críticas a BM, sentenciou: “Se um individuo, tem antecedentes, está armado e atira na BM, não é um suspeito; é um criminoso”. Disse isso, lembrando das manchetes que alardam que a BM matou um criminoso, quando deveriam destacar que a BM respondeu a um ataque.
Solis Paim foi o último a falar. Agradeceu a homenagem e disse que o reconhecimento do trabalho prestado pela ABAMF causa orgulho. “Passamos de uma entidade de lazer para uma representação classista. E os tempos são difíceis. Lutamos pela manutenção do pouco que ainda temos”. Para Paim, está faltando reconhecimento ao esforço dos brigadianos. “ Nós somos o padre, o juiz e até o parteiro, para a sociedade”
Paulo Rogério N. da Silva
Jornalista ABAMF
