G1 RS: Ginásio da Brigada Militar que ficou destruído após temporal será leiloado em Porto Alegre

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Imóvel fica na esquina das avenidas Silva Só e Ipiranga, em Porto Alegre (Foto: Deise Freitas/Defesa Civil )

Com a venda, expectativa da Secretaria de Segurança Pública é de obter cerca de R$ 119 milhões, que irão viabilizar a construção de novas estruturas em outro local.

ginásio da Brigada Militar, destruído após um temporal em outubro de 2017, irá a leilão, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A negociação deve envolver também o imóvel da escola dos bombeiros, situado ao lado do ginásio, que não chegou a sofrer estragos.

O governo estima que conseguirá cerca de R$ 41 milhões com o prédio da Brigada e R$ 78 milhões com o dos bombeiros, o que totaliza R$ 119 milhões a serem obtidos com a venda. Os imóveis ficam na esquina das avenidas Silva Só e Ipiranga. O ginásio está interditado desde o temporal.

“Inicialmente achamos que os danos eram só no telhado, mas análise técnica constatou que havia também na parte estrutural”, aponta o secretário-adjunto da SSP, Everton Oltramari. “Para recuperar, teria que investir muito recurso, pois é uma construção muito antiga”, ressalta ele. Seria cerca de R$ 1,5 milhão necessário somente para reformar o telhado do prédio, que foi construído em 1963.

Ginásio da Brigada Militar ficou sem telhado com a força do vento em Porto Alegre, durante temporal em outubro de 2017 (Foto: Léo Saballa Jr/RBS TV)

Com os recursos levantados com o leilão, a secretaria pretende construir um novo complexo esportivo nas dependências da Academia da Brigada Militar, que fica na rua Aparício Borges, com estrutura mais moderna do que a do ginásio. As atividades que eram realizadas na Silva Só, como treinamento e preparação física de militares poderão acontecer neste novo complexo.

O Corpo de Bombeiros também ganhará uma nova escola e um novo prédio de comando, ambos junto ao Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), que fica no bairro Menino Deus. Em troca do uso do espaço, os bombeiros passarão a fazer a segurança do Cete, atualmente realizada por empresa privada. “Lá teremos uma boa estrutura, com piscinas térmicas, para treinamento de salvamento na água”, ressalta o coronel Everton.

Um grupo de trabalho discute qual é o melhor modelo de negócio, mas o coronel adianta que a intenção é que a empresa vencedora do leilão se responsabilize pelas novas construções, e pague a diferença de valor em dinheiro. “Entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões sobrariam, e seriam utilizados para construção de presídios”, anuncia o coronel.

“Estamos formatando o edital, que deve ser lançado no final de fevereiro e início de março”, diz. A expectativa é de fixar o prazo das obras em até 18 meses, após o contrato firmado.

Outros três imóveis colocados à venda

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Outros três imóveis do governo do estado foram colocados à venda, na expectativa de arrecadar mais de R$ 50 milhões, mas apenas uma proposta foi feita. Foram três processos licitatórios, mas apenas em um deles, referente a um terreno em Bento Gonçalves, na Serra, apareceu um interessado, um empresário da cidade, que ofereceu R$ 2,207 milhões. Esse valor é R$ 1 mil a mais que o preço estimado.

A primeira concorrência era de uma área em Santa Maria, na Região Central, no valor de R$ 24,155 milhões, onde funciona a sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A segunda era de um terreno em Bento Gonçalves, também com instalações do Daer, só que no valor de R$ 25,269 milhões. Porém, nestas duas concorrências, nenhuma proposta foi apresentada.