O Governo Federal decidiu decretar intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro e nomeará o general do Exército, Braga Neto, como interventor, com responsabilidade sobre a polícia, os bombeiros e o setor de inteligência do Estado. Também foi definida a criação do ministério para cuidar da área de segurança pública, que pode ser extraordinário, ou seja, temporário, montado para funcionar enquanto o governo avaliar que existe a necessidade de sua existência.
O presidente Michel Temer decidiu pela intervenção em reunião que invadiu a madrugada desta sexta-feira. O decreto foi reparado pelo ministro da Defesa, Raul Juggmann, pelo ministro da Fazenda, Henrique Meireles, do Planejamento, Diogo Oliveira, e o secretário-geral da Presidência da República, Moreira Franco.
Enquanto um estado brasileiro estiver sob intervenção ficam impedidas mudanças na Constituição. Isto, impede a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, que poderia ser votada ainda em fevereiro. A proposta não constou na pauta ainda porque o governo não tem os votos necessários para a aprovação.
As medidas foram tomadas após a situação de desordem que tomou conta das ruas do RJ no Carnaval com assaltos, arrastões, agressões e tiroteios, mesmo nas áreas mais conhecidas e policiadas da cidade. Diversos turistas, alguns gaúchos, foram roubados e feridos.
Paulo Rogério N. da Silva
Jornalista ABAMF
